Gaeco busca por corrupção e prende irmão de Wallace com arsenal de armas

Josias Guimarães, irmão do prefeito Wallace, que também foi detido por posse de munição no aeroporto.

PlantãoNews
Da Redação

O médico Josias Guimarães, irmão do prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães, foi preso hoje durante a Operação Camaleão, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pelo porte de várias armas, sem a devida documentação. A operação era realizada em ação do Ministério Público Estadual que investiga denúncias de corrupção na administração pública. 

Josias foi levado para a Delegacia Municipal de Várzea Grande pelo crime de posse de arma de fogo de uso restrito. Em depoimento ele justificou que é colegionador.  No dia 6 de agosto deste ano seu irmão, Wallace, também havia sido detido ao tentar embarcar no aeroporto Marechal Rondon com 10 munições calibre 32 dentro de sua pasta ao tentar passar pelo detector de metais. A Polícia Federal informou na época que Wallace havia pago fiança. 

Um advogado de Wallace informara na época que o fato era "plantação" pois as munições haviam sido encontradas dentro de uma meia que estava dentro da pasta. O advogado afirmava ainda que o prefeito não possuia armas e muito menos munição e que tudo era uma forma de tentar "desestabilizar a boa administração do município".

Dessa vez Josias Guimarães foram encontradas nove armas (sendo duas espingardas calibre 44 de uso restrito) e pelo menos 150 munições e outros apetrechos.  Por ter curso superior Josias seria levado para o Centro de Custódia de Cuiabá.

Ação do Gaeco - A prefeitura de Várzea Grande, o gabinete do presidente da Câmara Municipal, empresas e a casa do médico Josias Guimarães, irmão do prefeito Wallace Guimarães foram vasculhadas na manhã de hoje por policiais do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado) cumprindo mandado de busca e apreensão de documentos que podem comprovar corrupção na administração municipal.

A operação denominada de Camaleão inclui secretarias da administração municipal e é coordenada pelo promotor Marcos Aurélio.

O Ministério Público Estadual não deu detalhes da ação, que deve estar relacionada ao contrato de uma obra no valor de R$ 10 milhões envolvendo a empresa Carneiro & Carvalho Construtora e outra de nome Penta, que realiza limpeza pública no município. O Ministério Público de Contas, do Tribunal de Contas de Mato Grosso, já havia suspenso o contrato da licitação com a empresa Carneiro & Carvalho.

O prefeito Wallace Guimarães chegou a prefeitura logo após a saída dos policiais e falou com jornalistas. Confirmou as investigações apontando que a suspeição do MPE é quanto o fato da empresa ter CNPJ oriundo do ramo de sapataria e posteriormente alterado para construção civil. Disse que aguarda o desdobramento da ação mas que o processo licitatório foi transcorrido dentro da regularidade.