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Polícias
Domingo, 21 de dezembro de 2014, 07h23

90 criminosos que atuavam em roubos foram presos pela Polícia Civil em VG


O trabalho de investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande levou a prisão de 90 criminosos que agiam em roubos, furtos, receptação, tráfico de drogas e latrocínios, em 2014. As prisões ocorreram durante operações para cumprimento de ordens judiciais, expedidas pela Comarca de Várzea Grande.

A Delegacia da Polícia Judiciária Civil também deu prosseguimento a 228 autos de prisão em flagrante, a maioria, prisões efetuadas pela Polícia Militar, contendo de 2 a 5 presos, em média.

O delegado titular da Derf, Francisco Kunze, disse que as prisões são oriundas de investigações do Núcleo de Inteligência da unidade, que desde o início do ano vem trabalhando para identificar pessoas suspeitas de roubos praticados no comércio, em residências e também, em alguns casos, roubos de veículos. "Os números mostra que a Delegacia trabalhou mais que no ano passado, mas mesmo assim os índices de crimes continuam aumentados e temos que considerar fatores sociais e estruturais que colaboram para isso", disse o delegado.

Conforme o delegado, o roubo de aparelhos de celular contribuiu para o aumento das estatísticas, vez que foram registrados roubos isolados de aparelhos e também grande quantidade de celulares subtraídos em lojas de revenda. "O celular é uma moeda de troca muito rápida, devido ao alto valor de alguns aparelhos e hoje qualquer pessoa tem um", afirma.

Conforme a Delegacia, os celulares assim como os produtos eletrônicos são facilmente trocados por drogas em bocas de fumo ou repassados para receptadores que comercializam os produtos sem nota fiscal e com preços inferiores ao de mercados.

Na última quarta-feira (17.12), três membros de uma quadrilha que vinha praticando uma onda de assaltos nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá foram presos na operação "Charlie". Os bandidos são investigados em mais de 10 roubos cometidos em residências e comércios.

Os assaltantes Rodrigo Claúdio de Souza, 21 anos, conhecido por "Linguiça", e Everton Pereira de Lima, 27, o "Carcacinha", ambos presos no bairro Mapim, e Jefferson Reinner Araujo de Souza, 22, o "Nenê", preso no bairro Jardim Imperial, e e uma quarta pessoa ainda procurada tiveram mandados de prisão temporária decretados pela Justiça. Todos são investigados há mais de 1 mês.

De acordo com a delegado adjunto da Derf, Rodrigo Azem Buchdid, a quadrilha tinha preferência por produtos eletrônicos, como celulares, televisores, computadores, notebook, que são rapidamente repassados para receptadores. Com eles foram apreendidos seis aparelhos de TV.

Em outra investigação, a Delegacia identificou seis membros de uma quadrilha que atuava em Várzea Grande no roubo a residências, comércio e veículos para trocar por drogas na Bolívia. Em 13 de setembro deste ano, a quadrilha foi presa e o inquérito policial concluído no começo de dezembro com o indiciamento
nos crimes de tráfico, porte ilegal de arma e roubo. Todos eles tiveram mandados de prisão cumpridos dentro da cadeia por novos roubos descobertos. Eles respondem também por associação criminosa e por mais de 10 roubos.

Conforme as investigações, o chefe da quadrilha, Pedro Paulo Ferreira Pinheiro, 34, utilizava um rádio com a frequência da PM, para monitorar a ação da polícia enquanto seus comparsas realizavam os crimes. Assim, dificilmente seriam presos em flagrante.

O suspeito e seus comparsas foram presos no dia 13 de setembro de 2014, em Várzea Grande. Pedro Paulo utilizava uma carteira de habilitação falsa para driblar ações policiais, pois tinha seis passagens criminais e dois mandados de prisão preventiva em aberto pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas.

Na ocasião, Pedro Paulo foi preso em flagrante com 10 quilos de pasta-base de cocaína. A droga vinha da Bolívia em troca de veículos roubados ou furtados pela própria quadrilha. 




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