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Polícias
Sexta, 30 de janeiro de 2015, 21h16

Mais PMs na rua ajudam a diminuir mortes por ação policial, diz secretário


O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, defende um efetivo maior da Polícia Militar (PM) nas ruas para evitar que ocorram mais mortes provocadas por ação das forças de segurança.

“Como vamos tratar isso: [com] policiamento de mais alta intensidade, mais policiais chegando nas ocorrências. Isso é tendência mundial e tende a evitar mais conflito”, afirmou o secretário, ao participar, hoje (30), da formatura de 921 sargentos, na capital paulista. Ele disse que os casos em que houver desvio de conduta serão “duramente apenados”.

Relatório divulgado ontem (29) pela organização não governamental (ONG) internacional Human Rights Watch destaca que as mortes provocadas pela polícia paulista cresceram 97% no ano passado. O número passou de 369, em 2013, para 728, em 2014. Para o secretário, no entanto, é preciso verificar o quanto esse número representa em termos percentuais em relação às ocorrências em que houve confronto. “Se compararmos os conflitos, troca de tiros entre polícia e bandidos, as mortes resultantes em 2013 representam 13% e as de 2014, 17%.”

Durante a divulgação do relatório, a diretora da ONG no Brasil, Maria Laura Canineu, defendeu a aprovação do Projeto de Lei 4.417/2012, que acaba com o auto de resistência, em tramitação no Congresso Nacional. “Documentamos muitas situações em que as mortes são verdadeiras execuções extrajudiciais, em que a polícia mata e obstrui a cena do crime, registrando as mortes como resistência advinda de tiroteios, confrontos”, disse Maria Laura. De acordo com ela, a aprovação do projeto fará com que as investigações sejam completas em qualquer caso de morte por intervenção policial.

Para o comandante-geral da PM, coronel Ricardo Gambaroni, esse aumento [de confrontos armados entre policiais e bandidos] deve-se ao fato de que a polícia está chegando mais rapidamente às ocorrências. “A iniciativa do confronto é sempre do criminoso. O objetivo da PM é preservar a vida, inclusive a do criminoso. Ele vai responder perante a Justiça. Mas, naquele momento, se ele agredir a polícia, o policial vai ter que se defender”, afirmou. O coronel informou que três policiais foram baleados neste ano – um deles morreu ontem.

O PM morto é Diego Felipe Soares da Silva, de 28 anos, alvejado durante ação policial na terça-feira (27), em uma tentativa de assalto a uma agência bancária na zona leste da capital. Ontem (29), policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram quatro homens suspeitos de participação neste homicídio. Moraes informou que os PMs chegaram ao local por uma denúncia anônima e encontraram seis mulheres em uma casa, onde havia metralhadoras e fuzis do mesmo tipo que matou o policial. “Isso vai ser analisado. Pedi ao Instituto de Criminalística para ver se são os mesmos”, informou.

As mulheres foram presas e indicaram uma casa ao lado, onde os quatro homens foram mortos. “Segundo o BO [Boletim de Ocorrência], [os policiais] foram recebidos a tiro. Na troca de tiros, três morreram na hora e um a caminho do hospital. Isso tudo vai ser apurado”, informou. 

ABr




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