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Terça, 03 de março de 2015, 17h49

Juizado ajudará na reforma de hospital psiquiátrico


Reformar a Unidade Três do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho é uma das metas estipuladas pelo Juizado Especial Criminal de Cuiabá (Jecrim) para os próximos meses. As melhorias serão possíveis a partir das transações penais impostas àqueles que cometem crime de menor potencial ofensivo e precisam reparar o dano que causou. Por exemplo, um pintor que cometeu um delito poderá pintar as paredes; um pedreiro, reconstruir um cômodo; um contador, fazer a contabilidade e um médico, no atendimento aos pacientes.

Além da mão de obra, a ajuda também se dará por destinação de valores arrecadados nas multas impostas a quem pratica delitos. Em contrapartida, todas as benfeitorias feitas pela instituição deverão ser comprovadas ao Juizado Criminal. O acordo foi celebrado na última semana entre o juiz Mário Roberto Kono, titular do juizado, a arte-terapeuta Marli Betencourt e a administradora hospitalar Adriane Martins, ambas do hospital.

A Unidade Três é destinada a receber homens acima de 18 anos que estejam na condição de dependentes de drogas lícitas e ilícitas. De acordo com as servidoras do hospital, o local é construído em um grande espaço, entretanto com uma tímida estrutura física. A unidade tem capacidade para receber até 50 pessoas, mas trabalha com apenas 24, porque não tem objetos básicos para receber e internar pacientes.

"Queremos voltar a ter capacidade para receber e tratar mais pessoas, mas, para isso, precisamos de uma estrutura adequada. Atualmente, estamos com o espaço defasado, precisando de reforma estrutural e também novos objetos, como camas e lençóis. Temos algumas camas de madeira que precisam ser substituídas por um material mais forte. Uma ripa na mão de uma pessoa em abstinência poder virar uma arma", explica a arte-terapeuta.

Segundo o magistrado, a parceria é antiga e está sendo reativada com o retorno dele para o Juizado, ocorrida em fevereiro. Kono afirma ainda que a maior parte dos internados é enviada pelo Jecrim para tratamento, e, por isso, o acordo será uma via de mão dupla, pois, além de ajudar o Adauto Botelho, serve como forma de restaurar o infrator.

"Nós utilizamos a Justiça Terapêutica aqui no Jecrim, porque, ao invés de punir os infratores, nós queremos resgatá-los. Quando você entende que a dependência química é uma doença é fácil perceber que a pessoa precisa apenas de uma chance para vencer", explica Mário Kono.

Arte – Ainda para reforçar o caixa da Unidade Três, de nove a 10 de abril, o Jecrim abrirá as portas para receber uma exposição organizada pelos próprios internos do hospital, onde serão expostas telas e artesanatos. Os preços ainda não estão definidos e os temas serão África, Cores da Vida e Releitura de Romero Brito.
 




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