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Sexta, 31 de julho de 2015, 18h29

Palestra interativa aborda Guarda Compartilhada


Foto: André Romeu
 

Uma palestra participativa para promover a interação sobre um tema abrangente e importante no dia a dia de tantas comunidades no Estado. Uma percepção sobre a relevância da família, do amor, com direito à música voltada para o tema. Foi assim a palestra sobre Guarda Compartilhada proferida pela juíza da Terceira Vara Especializada de Família e Sucessões da Comarca de Várzea Grande, Jaqueline Cherulli, na noite desta quinta-feira (30 de julho), aos agentes comunitários de Cuiabá, Várzea Grande, Poconé e Chapada dos Guimarães. A atividade faz parte do I Encontro Anual da Justiça Comunitária Estadual, que prossegue até esta sexta-feira, na Escola dos Servidores do Poder Judiciário Estadual.

Como forma de interação, cada participante leu, em voz alta, a sequência de slides, de acordo com a cartilha elaborada pela juíza sobre guarda compartilhada. Um meio de intercâmbio para envolver os presentes e fazer com que assimilem da melhor forma tudo o que foi repassado. Na sequência foi enfocado o tema ‘direito de família’, sua tônica e o que essa matéria busca dentro do que se espera do Judiciário hoje. Depois foi apresentado um vídeo da TV Justiça sobre o tema, com depoimentos de profissionais da área, como psicólogos e juristas. Foi aberto um espaço onde os agentes relataram alguns casos que atenderam, e tiraram dúvidas. Ao final houve uma abordagem da lei da guarda compartilhada “como uma vacina, um antídoto contra alienação parental”, conforme definição da própria magistrada.

Para Jaqueline Cherulli, palestras como estas são importantes para que os agentes comunitários estejam preparados para executar seu trabalho da melhor forma possível. E principalmente porque a Lei da Guarda Compartilhada é nova e ainda existe alguma resistência, até por falta de conhecimento e intimidade com o texto legal, segundo a juíza. “O interesse deles em ter acesso à lei e à forma de aplicação é indispensável. É de suma importância que eles recebam essa informação e que cheguem até a comunidade orientando as pessoas”, destacou.

A juíza enfatizou a importância do foco na formação desses profissionais e que essa capacitação deve ser periódica, uma vez que os agentes são vozes na comunidade. “Nós temos que nos envolver sim nessa formação, nessa atualização, nessa qualificação periodicamente. A disposição deles em se reunir e estarem aqui representa um ganho para o Judiciário. Esse comprometimento é indispensável”, ressaltou.

Há apenas sete meses como agente comunitária, Raquel Regina Pinheiro da Silva, que atua no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, disse que esta é uma experiência muito boa e gratificante, principalmente por estar exercendo o trabalho há poucos meses. “As palestras estão trazendo bastante conhecimento. Temos que estar por dentro do assunto para poder orientar as pessoas que nós atendemos, já que orientamos e fazemos os devidos encaminhamentos nos bairros”, assinalou.

Trabalhando há dez anos na Justiça Comunitária em Várzea Grande, Paulo Dias da Silva, coordenador administrativo do programa no município, analisa que essa qualificação é de suma importância, principalmente porque o agente precisa estar preparado para dar todas as informações e orientações quando realiza o atendimento. “A guarda compartilhada está diretamente ligada a várias situações no que tange ao direito de família, principalmente dos parentes com os pais e os avós. É um assunto que está sendo muito recorrente nas comunidades porque até então se falava somente na guarda unilateral e hoje existe a guarda compartilhada. Essa palestra vai agregar muito porque temos muita demanda sobre o assunto”.

Ele parabenizou a iniciativa do Judiciário em promover esse encontro, já que é uma forma de reciclagem, pelo fato de o direito ser muito dinâmico. “O Tribunal está de parabéns por essa iniciativa, que está sendo muito importante para todos nós”.

Paulo Dias costuma dizer que está na Justiça Comunitária por três motivos: vocação, respeito ao trabalho e por amor. Ele classificou o trabalho como árduo, mas muito gratificante porque eles ajudam muitas famílias e pessoas que procuram os serviços. “Buscamos atender todos muito bem. As pessoas que nós damos assistência são carentes, simples, que precisam do nosso auxílio. Por isso temos que estar preparados para bem atendê-los”, finalizou.

O Encontro encerra nesta sexta-feira (31 de julho) com a palestra sobre Casies – Apresentação (Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial/ Seduc-MT), iniciada às 18h30. Às 20h30 será abordado o tema Conhecendo a violência de gênero e a Lei Maria da Penha, pela advogada Ana Emília Iponema Brasil Sotero.
 




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