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A Construtora Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, assinou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com o acordo, a empreiteira compromete-se a revelar como funcionava o esquema de cartel na licitação para montagem da Usina Angra 3, gerenciada pela estatal Eletronuclear.
O Cade usará como provas mensagens eletrônicas trocadas entra as empresas concorrentes, agendamentos de reuniões e lances suspeitos nas licitações. Após o fim da investigação, a punição das empresas pode ser multa de 0,1% a 20% do faturamento.
Pode ocorrer também recomendação para que tais empresas sejam proibidas de contratar obras com a administração pública. Com a assinatura do acordo, as empresas poderão ter redução de um a dois terços da punição eventualmente aplicada.
Em março, o Cade fechou acordo de leniência com a Setal Engenharia e a SOG Óleo e Gás, outra empresa investigada na Lava Jato. No acordo, as empresas delataram 23 empreiteiras acusadas de participar de um cartel para dividir contratos com a Petrobras.
ABr
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