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Domingo, 02 de agosto de 2015, 13h38

Menores apreendidos passam por acolhimento psicossocial na Delegacia de Várzea Grande


Delegado Bruno Lima está á frente da Delegacia

Um trabalho que busca o desenvolvimento psicossocial de adolescentes em conflito com a lei é realizado pela Delegacia Especializada do Adolescente, de Várzea Grande, desde outubro de 2014. O objetivo é ajudar os menores infratores a retornarem ao convívio familiar e social, diminuindo assim a reincidência infracional.

O projeto de acolhimento psicossocial de menores infratores já atendeu mais de 200 adolescentes apreendidos pela prática de atos infracionais de crimes diversos, principalmente o homicídio, o latrocínio, o roubo, o furto e o tráfico de drogas, delitos de maior incidência entre os jovens que passaram pela Delegacia do Adolescente, entre outubro de 2014 a julho de 2015.

Os menores que chegam à Delegacia são encaminhados a equipe psicossocial, composta por psicólogo e dois assistentes social, que além de conversarem com o menor, também estendem o atendimento à família. "Todo adolescente que passa pela Dea é acolhido por esse setor, que faz a identificação de onde vem, das condições familiares, se usa drogas ilícitas e álcool", disse o delegado Bruno Lima Barcellos.

De acordo com o delegado, o relatório elaborado pela equipe multidisciplinar fortalece as investigações dentro dos procedimentos encaminhados ao Juizado da Infância e Juventude e ajuda o juiz na adoção de medidas socioeducativas. "Facilita para o juiz a oportunidade dele verificar a situação social e jurídica do adolescente. E com esse trabalho queremos a médio e longo prazo reduzir a reincidência de menores e os atos infracionais", explicou Bruno.

O psicólogo da Dea-VG, Felipe Luiz Resende Noga, disse que os adolescentes quando chegam na unidade estão bastante agressivos e, na sua grande maioria, vem de famílias desestruturadas e de baixa renda. "Fazemos o acolhimento desse menor e buscamos informações referente sua família, situação escolar e uso de drogas para traçarmos um perfil e tentar reinseri-lo na família, retorná-lo a escola no caso da evasão e tratamento junto ao Centro de Apoio Psicossocial, para assim ajudar a diminuir na reincidência infracional", explicou.

Como exemplo de reincidência, o psicólogo cita o caso de um adolescente, atualmente com 17 anos, que em menos de três meses passou seis vezes pela Delegacia. Usuário de drogas, o garoto cometia pequenos furtos para comprar entorpecentes e morava nas ruas de Várzea Grande. Em sua última passagem pela unidade, a equipe conseguiu convencê-lo a se submeter a tratamento em uma comunidade terapêutica.

"Ele estava em uma situação totalmente vulnerável, a família o tinha rejeitado e ele morava nas ruas. Hoje é um caso de sucesso. O administrador da comunidade só tem elogio", disse.

As principais ocorrências registradas em 2015 envolvendo menores como autores de delitos são de roubo (60), porte de drogas para consumo (47), receptação (32), direção perigosa (29), furto (25), porte ilegal de armas (19), homicídio (10). Ao todo, foram 302 ocorrências com adolescentes infratores registradas em Várzea grande, no período de janeiro a junho de 2015. 




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