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Segunda, 31 de agosto de 2015, 18h04

Agentes da infância elogiam curso de mediação


Os 31 agentes que atuam na Primeira e Segunda Varas Especializadas da Infância e Juventude de Cuiabá aprovaram o curso de mediação realizado entre os dias 24 e 28 de agosto. A partir de agora, eles estão aptos a trabalhar as técnicas de mediação tanto com os menores em conflito com a lei, quanto com seus familiares. O curso, com duração de 40 horas, foi ministrado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“Tivemos uma oportunidade ímpar. Este curso abriu uma porta muito importante para nós agentes, que agora temos formação para trabalhar a mediação não apenas com os menores, mas também com os pais destes adolescentes. Com certeza, vamos usar o que aprendemos aqui em prol de uma sociedade melhor. Foi gratificante esse aprendizado. Estou me sentindo mais motivado e feliz pela oportunidade de aprender”, garante o agente da Infância e Juventude Evaldo Vitório.

Quem também aprovou o curso foi a agente Alcione Rodrigues Assis. “Para nós é uma satisfação muito grande participar de uma capacitação deste nível. O que aprendemos vai refletir no nosso trabalho. Estou muito contente, porque o curso trabalha também a valorização dos servidores. A autoestima melhorou, estamos prontos e dispostos para trabalhar. Quem ganha com isso tudo? A sociedade”, assegura.

O Poder Judiciário cedeu uma vaga no curso para a participação de um voluntário que trabalha com música com crianças e adolescentes de baixa renda. “Fazer esse curso era um sonho antigo, porque eu lido com muitas pessoas no dia a dia, devido ao meu trabalho. Eu vejo as necessidades das famílias e esse curso foi o lado humano que eu sempre desejava aprimorar”, afirma Ariosvaldo dos Santos Brito, que trabalha como músico e prestador de serviços domésticos.

Ele ressalta que o curso lhe fez conhecer também outro lado do Judiciário. “Sempre vi a Justiça muito distante do cidadão, a figura do juiz na minha visão sempre foi de estar longe dos problemas sociais. Com este curso percebi que não. Hoje vejo que a mediação aproxima as pessoas da Justiça, tira o medo, isso é muito positivo”.

Para a instrutora do curso, Silvia Melhorança, ministrar uma capacitação para agentes da Infância e Juventude foi uma experiência maravilhosa e enriquecedora. “Não conhecíamos ainda os agentes e ficamos muito felizes com a participação efetiva de todos. No começo ficaram um pouco apreensivos diante do desconhecido, mas depois que entenderam a proposta foram parceiros extraordinários como poucas vezes tivemos”, assegura.

Conforme Silvia, agora com o fim do curso os agentes entram para uma segunda fase, que é o período de auto-supervisão, ou seja, depois da teoria eles passam a atender casos reais. Grupos são montados e eles mesmos se supervisionam. “Depois desta fase, vem uma nova etapa de supervisão ou de avaliação final, para então obterem a certificação”, explica.

De acordo com a instrutora, em outubro os agentes serão os primeiros em Mato Grosso a receber um curso de Justiça Restaurativa, que é no momento a forma alternativa que a Justiça brasileira tem tratado os conflitos de ordem criminal de pequeno potencial ofensivo e, em Mato Grosso ,vai começar pela Primeira Vara da Infância e Juventude.

Na prática os agentes vão trabalhar a mediação na acolhida com os pais, na reaproximação do resgate da comunicação entre pais e filhos, na recolocação dos papéis do pai, da mãe, do filho. Estas são propostas que a mediação trabalha com muita eficácia e efetividade.

Para o juiz da Segunda Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, Túlio Duailibi Alves Souza, o curso nasceu da vontade dos próprios servidores. “Após ouvir os servidores solicitei que o Núcleo nos auxiliasse em um curso de mediação, para que os agentes possam desempenhar um papel de maior relevância social, um algo a mais daquilo que já desempenham. Prontamente fomos atendidos. O curso veio no momento certo, dentro do espaço do Juizado. Estou muito feliz, porque esta capacitação atende as necessidades desses agentes, tanto na vida profissional, quanto na pessoal”.

O magistrado ressalta que os agentes têm um papel fundamental dentro da atividade fim da Justiça da Infância e Juventude. “Desde que bem qualificados, bem treinados, eles têm uma vocação da profissão de mudar vidas, mudar pessoas, mudar famílias. Quando eles identificam algum problema em um lar, dentro da comunidade, podem intervir com um gesto, uma palavra, uma reunião e, com isso, mudar uma realidade, um ambiente, de uma forma positiva. Eles saem desse curso mais motivados e conscientes do papel que podem desempenhar”, assevera o juiz. 




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