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Polícias
Quinta, 08 de outubro de 2015, 16h18

Dependentes químicos participam de audiência coletiva no Fórum de Cuiabá


O Juizado Especial Criminal de Cuiabá (Jecrim) realiza, durante toda esta quinta-feira (8 de outubro), audiências coletivas, que ocorrem regularmente todos os meses, para dependentes químicos. O objetivo é viabilizar alternativas para a punição de delitos como uso e porte de drogas. Além disso, o intuito é ajudar as pessoas que foram intimadas com serviços para recuperação e apoio.

Ao todo, 120 pessoas foram intimadas a comparecer. Antes das audiências é realizada uma palestra aos presentes, com especialistas e adictos, falando dos malefícios das drogas e suas consequências, bem como os caminhos para quem quer mudar de vida. Depois, cada pessoa que foi intimada é chamada para atendimento com psicólogos e equipe multidisciplinar do juizado para a realização da triagem. A partir daí é feito encaminhamento para grupos de autoajuda ou internação. Cada caso é analisado individualmente.

Mário Roberto Kono de Oliveira

“Acima de tudo essa audiência significa uma tábua de salvação para aqueles se encontram mergulhados no submundo das drogas”. Essa foi a definição do juiz coordenador do Jecrim, Mário Roberto Kono de Oliveira. Conforme ele explicou, essa ação do juizado é uma forma de estender a mão não só ao dependente químico, mas também ao seu familiar nesse momento tão difícil que passam na vida.

“Aqui nós oferecemos, através dos nossos parceiros, vários caminhos para que eles possam largar a dependência química. É possível também ensinar aos familiares como lidar com essa situação. É uma forma diferente de aplicar a justiça, voltada totalmente a sanar o problema, de forma a oferecer condições para que ele possa ser resolvido”, complementou.

Um dos membros do Alcóolicos Anônimos (AA), hoje com 28 anos, falou um pouco de sua experiência para os que compareceram na sede do juizado. Ele conta que começou usar droga aos 10 anos de idade e foi usuário por mais de 15 anos. Contou que a vida dele era regada a muito álcool e que também teve experiências com outras substâncias. Ele chegou ao AA através de uma medida socioeducativa e atualmente está há um ano e meio sem usar qualquer tipo de substância química. Na palestra, ele contou que foi muito difícil abandonar o vício, porém, ao chegar ao fundo do posso, viu que sua vida tinha que mudar por si mesmo.

“Esse é um tratamento constante e através disso a gente vai mudando, principalmente através do esforço pessoal. Venho aprendendo muito a dar de graça o que eu recebi de graça. Hoje estou aqui para dar continuidade a minha recuperação, passando para eles o que eu vivi. Hoje a minha vida mudou e vivo socialmente, com família, trabalho. O que me fez mudar foi o meu sofrimento”, disse. 




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