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Polícias
Sexta, 18 de janeiro de 2019, 13h01

Morte no lava jato envolve 8 pessoas e membros de facção criminosa


O “motorista” dos latrocidas foi identificado como Juliano Rondon do Vale Silva, que trabalha com Uber. O suspeito encontrava-se com tornozeleira eletrônica desativada.


Em trabalho integrado ininterrupto, as forças de Segurança Pública de Mato Grosso identificaram e prenderam oito envolvidos no caso de latrocínio cometido em um lava jato na Capital.
 

. Pablo Augusto Almeida Nascimento

As buscas aos criminosos foram desenvolvidas pela Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), Delegacias Especializadas de Roubos e Furtos de Cuiabá e de Várzea Grande (Derf 's), Gerência de Operações Especiais (GOE), pela Polícia Militar (especialmente Agência Regional de Inteligência -ARI - do 4º Batalhão de VG), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Guarda Municipal de Várzea Grande . A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) realizou trabalho pericial no local de crime, no veículo apreendido e de necrópsia na vítima. Os trabalhos investigativos do inquérito policial estão com a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva).

O crime

.José Igor Rodrigues dos Santos

O roubo com resultado morte (latrocínio) ocorreu na manhã de terça-feira (15), por volta das 07h, no estabelecimento localizado no bairro Consil. Na ocasião, um funcionário do local foi rendido por três criminosos que agiam com truculência e grave ameaça e portando arma de fogo (calibre 38). Os bandidos chegaram a apontar a arma na boca do funcionário, que foi amarrado.

Durante a execução do roubo, Adriano Figueiredo de Oliveira, 37, morador das proximidades do lava jato, viu a cena do roubo e o funcionário amarrado. Pretendendo ajudar passou a gritar com os ladrões. Ele acabou alvejado por disparo de arma de fogo e evoluiu para óbito, após ser socorrido e encaminhado ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.

Diversas diligências foram empreendidas pelas equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Ciopaer, objetivando a captura dos autores do crime.

O veículo roubado no lava jato, um automóvel VW/Gol, cor branca, foi encontrado abandonado, em uma via pública no bairro Alvorada.

 

.Elian Silva Bispo dos Santos

Comparsas

Um dos suspeitos, Pablo Augusto Almeida Nascimento, foi preso nas diligências policiais. Ele é a pessoas que aparece nas imagens de videomonitoramento do lava jato usando um chapéu. Entrevistado pelos policiais, ele admitiu sua participação no latrocínio e indicou os comparsas.

O criminoso chegou a foragir de dentro da viatura após a prisão, mas foi capturado novamente, em uma residência no bairro São Benedito, em Várzea Grande. Duas pessoas que ajudaram o suspeito a se esconder do cerco policial - Tatiane Cristina Leite da Silva iIeno e Vanderley Ireno da Silva Junior, também foram presas no momento da recaptura ao foragido.

Outro casal também foi preso por dar “abrigo” aos fugitivos do latrocínio. João Alves da Rosa e Barbara Mayara Queiroz escondiam em um quitinete no bairro Jardim Florianópolis os coautores do crime, José Igor Rodrigues dos Santos, conhecido como “Cabeça”, e Elian Silva Bispo dos Santos, apelidado de “Neguinho".

Nessa quitinete foi apreendido, junto com os dois coautores do latrocínio, um revólver calibre .38, oxidado (preto), com numeração suprimida (raspada) e carregado com uma munição íntegra. Também foram apreendidas porções de maconha.

O “motorista” dos latrocidas foi identificado como Juliano Rondon do Vale Silva, que trabalha com serviço de aplicativo de transporte. O suspeito encontrava-se com tornozeleira eletrônica desativada no momento da prisão.

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Confissão

De acordo com o delegado Marcelo Martins Torhacs, da Derrfva, os três coautores afirmaram que pretendiam subtrair vultosa quantia em dinheiro do lava jato. Mas que teria ocorrido um “desacerto na ação” e que a morte da vítima não foi planejada.

As investigações apontam que o trio de autores do latrocínio possui vínculo de proximidade com integrantes de uma facção criminosa que age dentro e fora de presídios.

Flagrantes

Os suspeitos Pablo, José Igor, e Elian (que entraram no lava jato) foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo qualificado pelo resultado morte (latrocínio), organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo com numeração suprimida. Juliano  foi autuado pelo latrocínio, em concurso de pessoas, e por organização criminosa. Joao Alves e Bárbara vão responder por organização criminosa, favorecimento pessoal e tráfico de drogas. Os suspeitos Tatiane e Vanderley foram autuados em flagrante por organização criminosa e favorecimento pessoal.

Edição 19/01/2019




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