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Domingo, 18 de setembro de 2016, 13h39

Mais de 3,5 milhões de crianças refugiadas não têm acesso à escola, diz agência da ONU


Mais da metade das 6 milhões de crianças e adolescentes refugiadas em idade escolar, ou 3,7 milhões de pessoas, não tem acesso a sistemas de ensino, segundo relatório divulgado na quinta-feira (15) pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Cerca de 1,75 milhão de crianças refugiadas não estão na escola primária e 1,95 milhão de adolescentes refugiados não frequentam educação secundária. Os refugiados são cinco vezes mais propensos a estar fora da escola do que a média global.

“Isso representa uma crise para milhões de crianças refugiadas”, disse Filippo Grandi, alto comissário da ONU para refugiados. “A educação para os refugiados é dolorosamente negligenciada”, completou.

O relatório comparou dados do ACNUR sobre educação dos refugiados com informações da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sobre matrícula escolar global.

Apenas 50% das crianças refugiadas têm acesso à educação primária, em comparação com uma média global de mais de 90%. Quando essas crianças ficam mais velhas, a diferença se transforma em um abismo: apenas 22% dos adolescentes refugiados frequentam escola secundária na comparação com uma média global de 84%. No ensino superior, apenas 1% dos refugiados frequenta a universidade, em comparação com uma média global de 34%.

O documento foi divulgado às vésperas da reunião de líderes mundiais na semana que vem (19 e 20) na Cúpula da Assembleia Geral das Nações Unidas para Refugiados e Migrantes, e na Cúpula de Líderes sobre a crise global dos refugiados promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Nas duas reuniões, o ACNUR fará um apelo a governos, doadores, agências humanitárias e parceiros de desenvolvimento, bem como a parceiros do setor privado, para fortalecer seus compromissos de forma a garantir que cada criança receba educação de qualidade.

“À medida que a comunidade internacional dialoga sobre qual é a melhor forma de lidar com a crise dos refugiados, é essencial pensarmos além da sobrevivência básica”, disse Grandi. “A educação permite aos refugiados moldar positivamente o futuro tanto de seus países de refúgio como de seus países de origem, quando um dia puderem retornar”.

Enquanto a população mundial de refugiados em idade escolar ficou relativamente estável em 3,5 milhões durante os primeiros 10 anos deste século, desde 2011 este número tem crescido, por ano, na média de 600 mil crianças e adolescentes. Só em 2014, a população de refugiados em idade escolar cresceu 30%. Nesse ritmo, o ACNUR estima que uma média de pelo menos 12 mil novas salas de aula e 20 mil professores seja necessária por ano.

Mais da metade das crianças e adolescentes refugiadas fora da escola está em apenas sete países: Chade, República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Líbano, Paquistão e Turquia. 




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