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Terça, 20 de setembro de 2016, 12h15

Número de mortos no leste da Ucrânia aumentou 65% nos últimos três meses, diz ONU


Um novo relatório das Nações Unidas divulgado na semana passada (15) apontou que, entre meados de maio e agosto deste ano, houve um aumento de 65% no número de mortes de civis relacionadas aos conflitos no leste da Ucrânia, em comparação com o mesmo período no ano passado.

O documento destacou a deterioração da situação humanitária na região, resultado da escalada das hostilidades entre governo e forças não-governamentais durante o período de junho a agosto.

De acordo com o estudo, elaborado pela missão da ONU de monitoramento dos direitos humanos na Ucrânia, foram documentadas 188 vítimas civis, incluindo 28 mortos e 160 feridos nos três meses cobertos pelo relatório.

Até 15 de setembro, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH) registrou 9.640 mortes relacionadas ao conflito, e 22.431 pessoas ficaram feridas entre forças armadas ucranianas, civis e integrantes de grupos armados deste o início do conflito, em abril de 2014. De acordo com o escritório, os números podem ser ainda mais altos.

“A escalada das hostilidades ao longo da linha de contato durante o verão foi um lembrete de que a situação na Ucrânia merece muito mais atenção”, disse o alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, em comunicado à imprensa.

“São necessários esforços adicionais para encontrar uma solução duradoura para esta crise e pôr fim ao sofrimento da população civil. Direitos humanos e justiça são o que as pessoas precisam, e não mais mortes, ódio intenso e destruição”, acrescentou.

Segundo o relatório, no leste, a proximidade entre as forças governamentais e os grupos armados na linha de contato — cerca de 300 a 500 metros de distância em certos locais — tem contribuído para aumentar a intensidade das hostilidades.

Além disso, o relatório observa que a proliferação de armas e o posicionamento de combatentes em áreas residenciais habitadas têm igualmente aumentado os riscos e danos a civis.

Bombardeios na linha de contato foram responsáveis por mais da metade de todas as vítimas civis registradas em junho e julho, mas um número “considerável” de pessoas também ficou ferida ou foi mortas por minas, resíduos de explosivos de guerra e por armadilhas.

De acordo com o escritório de direitos humanos da ONU, o número de civis que morreram devido a “efeitos secundários da violência”, como falta de comida, água, remédios ou cuidados de saúde, permanece desconhecido.

“Embora a situação tenha melhorado desde que o cessar-fogo foi restaurado, em 1º de setembro, a situação ao longo da linha de contato continua profundamente instável, como demonstrado pelos incidentes ocorridos recentemente. De fato, há um risco real de que uma nova onda de violência possa acontecer a qualquer momento”, sublinhou Zeid.

O relatório mostra ainda que os civis que vivem na área afetada pelo conflito são privados de proteção, acesso a serviços básicos e ajuda humanitária, e a mobilidade deles é severamente prejudicada.

De acordo com o relatório, 70% das violações dos direitos humanos ocorridas entre meados de maio e meados de agosto envolvem alegações de tortura, maus-tratos e detenção. O documento também destaca a prestação de contas muito limitadas para essas violações e abusos, que foram cometidas por ambos os lados no conflito.
 




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