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Sexta, 09 de dezembro de 2016, 06h51

ONU conclui investigação sobre acusações de exploração sexual na República Centro-Africana


A ONU anunciou na segunda-feira (5) ter concluído investigação interna sobre acusações de abuso sexual cometidas por membros das forças de paz da organização vindos de Burundi e Gabão e mobilizados em Dakoa, na província de Kemo, na República Centro-Africana (RCA).

Um escritório das Nações Unidas entrevistou 139 pessoas e investigou suas acusações. Dezesseis possíveis criminosos vindos do Gabão e 25 do Burundi foram identificados por meio de fotos e outras evidências. Das 139 vítimas, 25 eram menores que afirmaram ter sido sexualmente violentados. Oito exames de comprovação de paternidade foram pedidos, seis dos quais por meninas menores de idade.

As Nações Unidas entregaram o relatório aos governos de Burundi e do Gabão com os nomes dos acusados. A organização pediu ações judiciais apropriadas para garantir a responsabilização criminal.

As investigações foram iniciadas em abril deste ano, semanas depois das acusações terem sido feitas à ONU. Elas continuaram por mais de quatro meses e se basearam principalmente em depoimentos de vítimas e testemunhas devido à falta de evidências médicas, forenses e físicas — a maior parte das acusações referiam-se a incidentes ocorridos entre 2014 e 2015. Todos os acusados já haviam deixado o país antes de as acusações surgirem.

“A responsabilidade por mais investigações fica a cargo do Burundi e do Gabão”, disse nesta segunda-feira, em nota, o escritório responsável pelas investigações.

A ONU pediu que uma cópia da investigação final seja publicada nas próximas duas semanas. Caso as acusações sejam fundamentadas e justificadas, os comandantes dos oficiais serão proibidos de comandar futuras operações de paz.

A Missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA) fortaleceu medidas de prevenção e reforçou seu alcance nas comunidades e nas forças de paz pelo país para ampliar o alerta e facilitar as denúncias de exploração sexual e outras formas de crimes, particularmente em áreas de alto risco.

A missão monitora regularmente as condições e o comportamento de seu pessoal e de parceiros com outras agências da ONU e organizações no país, que também fornecem assistência psicológica, médica e legal a vítimas de exploração sexual e abuso.

Em nota, a ONU condenou nos mais fortes termos possíveis qualquer ato de exploração sexual e abuso cometido por membros das forças de paz e por outros funcionários da organização, reafirmando seu compromisso em garantir que os criminosos sejam levados à Justiça. 




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