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Domingo, 19 de março de 2017, 13h39

ONU: 5 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à banda larga móvel


Novas parcerias entre as esferas pública e privada são essenciais para que a banda larga chegue a todos e ajude a acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), afirmaram nesta sexta-feira (17) membros da Comissão de Banda Larga das Nações Unidas, realizada em Hong Kong.

De acordo com dados apresentados no encontro, cerca de 5 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à banda larga móvel no mundo.

“As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e a banda larga estão ligando todos e tudo para melhorar as economias e a sociedade”, disse o presidente de Ruanda e copresidente da Comissão da ONU, Paul Kagame, durante o evento.

“Estamos motivados em tornar a comunidade global conectada, especialmente os bilhões que ainda estão desconectados. Teremos sucesso quando trabalharmos juntos: o governo, a indústria e os líderes da sociedade civil”, continuou.

A Comissão também chamou a atenção para a necessidade de um novo acordo entre todos os atores envolvidos, com um compromisso renovado para trabalhar em ações concretas para conectar os excluídos e apoiar os países menos desenvolvidos.

O maior desafio são as áreas remotas e rurais, onde as barreiras de acesso precisam ser avaliadas também sob o prisma da acessibilidade e do conteúdo, especialmente o conteúdo local e multilingue.

“As TICs sustentam conquistas vitais e serviços modernos em muitos setores e governos, e a indústria tem de trabalhar cada vez mais para criar condições tão necessárias para facilitar o crescimento da banda larga para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e vice-presidente da Comissão, Houlin Zhao.

Para a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, “é preciso assegurar que a revolução digital seja uma revolução para os direitos humanos, a fim de promover avanços tecnológicos como avanços no desenvolvimento”.

A Comissão de Banda Larga foi criada pela UIT e pela UNESCO em 2010 com a intenção de promover a importância desse tipo de conexão na agenda política internacional e aumentar o acesso em vários países, como forma de impulsionar o desenvolvimento.

Mulheres enfrentam barreiras no acesso

A Comissão da Banda Larga para o Desenvolvimento Sustentável do Grupo de Trabalho da Divisão de Gênero Digital, promovida em parceria pela UNESCO e a associação de empresas de telecomunicações GSMA, lançou na quarta-feira (15) um relatório que estabelece recomendações específicas para pôr fim às barreiras que as mulheres enfrentam no acesso e uso da Internet.

De acordo com dados da ONU, apesar dos esforços mundiais, a disparidade entre homens e mulheres no acesso à Internet aumentou de 11% em 2013 para 12% em 2016, com maior incidência nos países menos desenvolvidos (31%) e na África (23%).

Além disso, as taxas de penetração da Internet continuam sendo mais elevadas para homens do que para mulheres em todas as regiões do mundo.

Entre as recomendações feitas no relatório estão a formulação de políticas integradas para abordar o problema; o enfrentamento das barreiras que impedem a conexão por parte das mulheres; desenvolvimento de ferramentas que suportem a colaboração dos esforços nacionais e internacionais; compartilhamento efetivo das melhores práticas etc.

“O contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e suas aplicações nos processos políticos, econômicos e sociais estão criando novas oportunidades que estão melhorando a qualidade de vida humana”, disse a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.

“Para serem sustentáveis, todas as novas tecnologias precisam estar disponíveis a todos, para capacitar e beneficiar todo mundo, especialmente meninas e mulheres”, continuou.

O melhor acesso e uso da Internet pode não só trazer um impacto positivo para a vida das mulheres como também proporcionar benefícios significativos para a economia e para a sociedade em geral, bem como apoiar a implementação os ODS, especialmente o objetivo número 9, que visa ao acesso universal às TICs até 2020. 




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