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Sábado, 18 de novembro de 2017, 17h11

Américas têm duas vez mais obesos que a média mundial, alerta OMS


A obesidade é um dos principais fatores desencadeadores da diabetes, e as Américas têm mais que o dobro de adultos obesos que a média mundial, com as mulheres sendo o grupo mais afetado pelo excesso de peso. A dieta saudável e a vida ativa podem colocar um freio no avanço da obesidade e prevenir assim a aparição da diabetes, assim como ajudar a controlá-la.

A diabetes é uma doença crônica progressiva que se caracteriza por níveis elevados de glicose no sangue. A diabetes tipo 2 — que representa a maioria dos casos mundiais e se deve em grande medida a um peso corporal excessivo e à inatividade física — está aumentando rapidamente em todo o mundo, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

Desde 1980, o número de pessoas com a doença na região triplicou. Mais de 62 milhões de adultos viviam com diabetes tipo 2 em 2014 nas Américas, e cerca de 305 mil morreram por essa doença.

Caso medidas não sejam tomadas, estima-se que em 2040 haverá mais de 100 milhões de adultos com diabetes, o que afeta a qualidade de vida e pode provocar infarto de miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores.

Mulheres, obesidade e diabetes

As mulheres são desproporcionalmente mais afetadas pela obesidade em muitos países. Por essa razão, o tema do Dia Mundial de Combate à Diabetes 2017, lembrado nesta terça-feira (14) e impulsionado pela Federação Internacional de Diabetes (FID), é “Mulheres e diabetes, nosso direito a um futuro saudável.

Nas Américas a diabetes afeta tanto mulheres como homens (8,4% das mulheres e 8,6% dos homens). No entanto, as mulheres apresentam taxas mais altas de obesidade (29,6% versus 24% dos homens).

Algumas pesquisas demonstraram que o aumento do índice de massa corporal está associado a um maior risco de sofrer diabetes, assim como a obesidade abdominal se tornou um fator preditivo confiável dessa doença.

Durante a gravidez, as mulheres podem desenvolver diabetes gestacional, que aumenta o risco de complicações. Além disso, a obesidade e a diabetes nas mães se vinculou com uma maior propensão da criança a contrair a diabetes na juventude.

“A região das Américas tem a maior quantidade de crianças obesas do mundo, o que quer dizer que teremos mais pessoas com doenças crônicas — como a diabetes — no futuro”, lamentou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne.

No entanto, essas doenças “são amplamente evitáveis”, disse Etienne, e defendeu “o compromisso de todos para assegurar que as crianças sejam amamentadas, evitem o consumo de alimentos com altos níveis de gorduras, açúcares e sal, e realizem atividade física como parte de sua rotina diária”.

No continente americano, as doenças não transmissíveis, principalmente as cardiovasculares, o câncer, a diabetes e as doenças respiratórias crônicas, representam cerca de 80% de todas as mortes, 35% das quais ocorrem prematuramente em pessoas de 30 a 70 anos.

Pela magnitude do problema, os países do mundo se comprometeram a reduzir em um terço sua mortalidade prematura em 2030, e a tomar ações para combater seus principais fatores de risco: o consumo de tabaco, a dieta não saudável, a inatividade física e o abuso de álcool.

Frear o avanço da diabetes

O avanço da diabetes pode ser interrompido por meio de uma combinação de políticas fiscais, legislação, mudanças no meio ambiente e sensibilização à população para modificar os fatores de risco, entre eles, a obesidade e o sedentarismo.

Exemplos dessas intervenções incluem impostos a bebidas açucaradas; proibições à publicidade de alimentos ultraprocessados para crianças; etiquetar alimentos na frente das embalagens; e promover espaços recreativos seguros e acessíveis para fomentar a vida ativa. A dieta saudável e 30 minutos de atividade física moderada quase todos os dias podem reduzir drasticamente o risco de desenvolver diabetes.

A OPAS apoia os países da região nesses esforços com o objetivo de minimizar o impacto da diabetes e reduzir a mortalidade prematura pela doença, como parte do Plano de Ação Global para a Prevenção e o Controle das Doenças Não Transmissíveis 2013-2020.

Da mesma forma, ajuda os países a adquirir medicamentos para tratar a diabetes a preços acessíveis, reduzindo os custos associados com o tratamento dessa doença crônica.

 




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