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Mais de metade dos refugiados sírios no Líbano está vivendo em extrema pobreza e tomando empréstimos para comprar alimentos e pagar aluguel, informaram as Nações Unidas na terça-feira (9).
A informação vem com um alerta de que mais refugiados estão dependentes da ajuda internacional em meio a um cenário de incertezas para o financiamento humanitário em 2018.
“Entrando no sétimo ano de crise, os refugiados no Líbano estão encontrando cada vez mais dificuldades para sobreviver e estão mais vulneráveis do que nunca”, disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a jornalistas em coletiva de imprensa em Genebra.
Ele falou durante evento anual sobre vulnerabilidade de refugiados sírios, realizado por ACNUR, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Programa MUndial de Alimentos (PMA), que mostrou que 58% dos domicílios do país estão atualmente vivendo na extrema pobreza, com menos de 2,87 dólares por dia por pessoa.
“E o número de domicílios vivendo abaixo da linha da pobreza — com menos de 3,84 dólares por dia — também continuou a subir”, disse Spindler, lembrando que 76% dos lares de refugiados vivem abaixo deste nível.
Tomar dinheiro emprestado para comprar comida, cobrir os gastos com saúde e pagar o aluguel continua sendo extremamente comum, com nove em cada dez refugiados dizendo ter dívidas.
Enquanto a insegurança alimentar permanece alta, outras vulnerabilidades continuam aumentando, uma vez que a ausência de residência legal deixa muitos refugiados expostos a um crescente risco de detenção, impedindo seu acesso a trabalho, educação e saúde.
“Em geral, 74% dos refugiados sírios pesquisados com idade superior a 15 anos não têm residência legal no Líbano”, disse Spindler.
As oportunidades de auto-suficiência continuam extremamente limitadas em uma economia afetada pelo conflito sírio e por um financiamento externo insuficiente.
“Em 2017, apenas 36% do total de financiamento necessário para fornecer apoio humanitário adequado no Líbano foi recebido, até o início de dezembro”, disse Spindler, lembrando que sob o plano libanês de resposta para a crise, 2,7 bilhões de dólares são necessários para 2018.
“É mais vital do que nunca que doadores mantenham suas doações em meio ao aprofundamento da pobreza e das crescentes vulnerabilidades”, enfatizou o porta-voz.
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