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Mundo
Terça, 16 de janeiro de 2018, 15h46

Liberdades civis no mundo diminuem há 12 anos, aponta organização


Um relatório divulgado hoje (16), intitulado Liberdade no Mundo 2018 (Freedom in the World 2018, em inglês), alerta que a democracia no mundo está sob ameaça e declínio. O estudo, lançado todos os anos pela organização independente Freedom House, conclui que 2017 foi o décimo segundo ano consecutivo que em houve uma queda na liberdade mundial.

O relatório aponta que a crise se intensificou na medida em que os padrões democráticos da América foram corrompidos e ressalta a saída dos Estados Unidos como principal defensor e exemplo de democracia no mundo.

Para Michael J. Abromowitz, presidente da organização, "o governo de Trump quebrou o consenso político dos últimos 70 anos, deixando de lado a democracia, que era a força motriz da política externa dos EUA. A retirada acelerada dos Estados Unidos do seu papel histórico como principal defensor da democracia no mundo torna os regimes autoritários mais poderosos".

O documento afirma que vinha sendo observada uma lenta deterioração dos direitos políticos e liberdades civis nos Estados Unidos nos últimos sete anos. No entanto, o declínio acelerou em 2017 devido à crescente evidência de interferência russa nas eleições de 2016; às violações de padrões éticos básicos por parte da nova administração; e uma redução da transparência do governo.

O relatório mapeou os países do mundo em três níveis: livres (45%), parcialmente livres (30%) e não-livres (25%). Há subdivisões em quesitos como direitos políticos e liberdades civis. E os países (e algumas regiões) são classificados de 1 a 7, sendo 1 mais livres e 7 menos livres.

América Latina

Em relação ao Brasil, o estudo classificou como um país livre, com nota 2 em ambos os quesitos (direitos políticos e liberdades civis) e é o 73º país no ranking dos mais livres. No entanto, o relatório fez referência negativa às extensas investigações de corrupção, que implicaram líderes políticos.

Na Venezuela, o estudo alerta para a determinação do presidente Nicolás Maduro de permanecer no poder e para a crise humanitária que levou milhares de pessoas a buscar refúgio em países vizinhos. O país foi classificado como não-livre e está na 164º posição no ranking, que analisou 208 países e territórios.

Paraguai, Colômbia, Equador e Bolívia foram classificados como parcialmente livres.

Mundo

Em 2017, 71 países sofreram diminuição dos direitos políticos e das liberdades civis. Países que já foram promissores, como a Turquia, a Venezuela, a Polônia e a Tunísia, estão entre os que sofreram um declínio nos padrões democráticos. Desde o início do declínio, em 2006, 113 países pioraram e apenas 62 países experimentaram melhoria.

"A democracia está enfrentando sua crise mais séria em décadas", afirmou Abromowitz. "Os princípios básicos da democracia, incluindo as garantias de eleições livres e justas, os direitos das minorias, a liberdade de imprensa e o estado de direito, estão sob cerco em todo o mundo".

O documento afirma ainda que a China e a Rússia "aproveitaram o declínio das principais democracias para aumentar a repressão e exportar sua má influência. Para manter seu poder, esses regimes autocráticos estão ultrapassando suas fronteiras e trabalhando para sufocar debates abertos, perseguir dissidentes e prejudicar instituições legais".

Entre os 49 países classificados como não-livres, há 12 que obtiveram menos de 10 pontos em uma escala de 100, nos quesitos direitos políticos e liberdades civis. São eles, Síria, Sudão do Sul, Eritreia, Coreia do Norte, Turcomenistão, Guiné Equatorial, Arábia Saudita, Somália, Uzbequistão, Sudão, República Centro-Africana e Líbia.

Ranking

Os países melhores colocados no ranking são Finlândia, Noruega, Suécia, Canadá e Austrália. Os Estados Unidos ficaram na 53º posição.

Foram classificados como livres 88 países. Neles residem mais de 2,9 bilhões de pessoas, ou seja, 39% da população global.

Os países parcialmente livres são 58, ou 30% de todos os países avaliados, e eles abrigam cerca de 1,8 bilhão de pessoas, ou 24% do total mundial.

Foram considerados não-livres 49 países. Neles vivem quase 2,7 bilhões de pessoas, ou 37% da população global. Vale ressaltar que mais de metade desse contingente vive em apenas um país: a China.

 

ABr




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