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A repressão imposta pelo governo chavista de Nicolás Maduro à imprensa independente interrompeu a circulação de mais um jornal na Venezuela. O diário El Impulso, de 114 anos e considerado um dos mais antigos do país, anunciou em editorial no último sábado (10) o fechamento de sua edição impressa por falta de papel, cuja importação e distribuição é monopólio da estatal Complejo Editorial Alfredo Maneiro (CEAM).
O diário venezuelano assegurou que fez todos os esforços e cumpriu com todos os trâmites necessários para conseguir papel, mas seus pedidos foram ignorados. O editorial que anuncia a interrupção da versão impressa qualifica o CEAM como “um monopólio que, de forma direcionada, decide quanto e a quem entrega papel”. O jornal também advertiu que seu futuro na web é incerto, uma vez que a crise econômica da Venezuela se agrava a cada dia.
O El Impulso, com sede em Barquisimeto, em Lara, havia enfrentado o mesmo problema no começo de 2017, quando também foi obrigado a deixar de circular. No entanto, logo depois, obteve acesso ao insumo e voltou a rodar. Entre os outros diários venezuelanos que encerraram suas edições impressas por falta de papel estão El Carabobeño, La Mañana de Falcón, Diario Los Andes, Qué Pasa e La Verdad.
Asfixia e censura
A Corte Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) reagiu à repressão de Maduro que resultou em mais uma baixa na imprensa venezuelana. “O monopólio da distribuição de papel na Venezuela tem sido uma ferramenta de asfixia e censura progressiva”, disse o relator especial para a Liberdade de Expressão da organização, Edison Lanza.
ANJ
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