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A perseguição do governo de Daniel Ortega, da Nicarágua, à imprensa permanece crescendo, em meio à repressão imposta à população do país, que atravessa grave crise política. No domingo (29), partidários do mandatário nicaraguense sequestraram o jornalista Roberto Collado Urbina, correspondente do Canal 10 em Granada. O repórter foi solto quatro horas depois. No período em que esteve sequestrado, Urbina foi agredido na cabeça e golpeado em todo o corpo. Alguns dias antes, algo parecido ocorreu como Francisco Daniel Espinoza Rivera, outro correspondente do mesmo canal, em Jinotega, que foi detido por policiais.
Collado foi sequestrado, segundo informou o La Prensa, por um grupo de encapuzados quando cobria a marcha de apoio a bispos e sacerdotes da Igreja católica. Mauricio Madrigal, diretor de notícias do Canal 10 disse que, logo após o sequestro, o jornalista foi levado para uma unidade policial de Granada. “Não nos davam informação sobre o seu estado de saúde nem sobre onde estava”, disse a mãe do repórter, Mariela Urbina
Durante os protestos contra Ortega, iniciados em abril, são inúmeros os relatos de violência a jornalistas e meios de comunicação. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e entidades de defesa à livre expressão, como a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), vêm condenando reiteradamente os ataques sistemáticos à imprensa. Os apelos parecem ser ignorados pelo governo do país.
“Estamos preocupados. Pedimos às autoridades que deixem as nossas equipes de notícias, que deixem de criminalizar os profissionais; o único motivo para as detenções é porque fazem cobertura jornalística”, disse Madrigal.
ANJ
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