AFP projeta demissões e investimentos em imagem na busca por equilíbrio financeiro até 2023

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A AFP (Agence France-Presse) anunciou um plano de reestruturação que tem por objetivo atingir equilíbrio financeiro até 2023. Estão previstas demissões e, ao mesmo tempo, o cumprimento de uma meta de expansão das atividades, anunciada em julho. A intenção é gerar 30 milhões de euros de receita comercial adicional ao longo dos próximos cinco anos com base em investimentos em imagem (vídeo e foto).

O plano de expansão, que deverá custar 21 milhões de euros até 2023, tem financiamento do Fundo de Transformação de Ação Pública (FTAP) em até 17 milhões de euros. Ao mesmo tempo, conforme anunciou o CEO da AFP, Fabrice Fries, ao conselho de administração, 125 postos de trabalho (85 nas equipes técnicas e administrativas e 40 entre jornalistas) serão eliminados nos próximos anos.

Os cortes de vagas, que representam cerca de 5% dos funcionários da agência no fim de 2017, permitiriam, segundo a direção, limitar o aumento de despesas da AFP, que, sem "profunda ação de correção", somada à leve queda das receitas comerciais, provocaria um déficit operacional acumulado de 90 milhões de euros até 2023. Com as medidas, a intenção é, no período projetado, reduzir em 16,5 milhões de euros os gastos da agência, incluindo 14 milhões de euros referentes a custos com pessoal.

A AFP informou que não lançará planos de redução de empregos ou de demissão voluntária. No entanto, não pretende substituir 160 saídas chamadas naturais, com a criação de um dispositivo de estímulo à aposentadoria (258 funcionários terão 65 anos em 2023, dois terços dos quais são jornalistas) e, ao mesmo tempo, 35 novos recrutamentos.

ANJ