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Sexta, 07 de dezembro de 2012, 08h03

Alpha-Crucis sai para primeiro cruzeiro internacional


Revista Pesquisa FAPESP – O navio de pesquisa oceanográfica Alpha-Crucis, adquirido pela FAPESP para o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) partiu na tarde de sábado, 1º de dezembro, para o primeiro cruzeiro internacional, com retorno previsto para 17 de dezembro.

A embarcação deverá ir do porto de Santos até o ponto de longitude 42 graus oeste e latitude 34.5 graus sul, a cerca de 1.400 quilômetros da costa, voltar até o litoral do Brasil, na divisa com o Uruguai, e dali retornar a Santos.

Liderado por Edmo Campos, professor do Instituto Oceanográfico da USP, o grupo de 20 pesquisadores do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos, com o apoio dos 18 membros da tripulação, fará medições e instalará equipamentos no fundo do mar, em pontos específicos, para determinar eventuais variações na circulação de calor no Atlântico Sul.

“Qualquer variação na quantidade de calor, ainda que ínfima, pode ter uma grande influência sobre o clima do planeta. O projeto está estruturado de modo que possamos examinar fenômenos de alta relevância”, disse.

A viagem do Alpha-Crucis é uma das atividades do Projeto Temático “Impacto do Atlântico Sul na célula de circulação meridional e no clima”, que, por sua vez, integra um projeto internacional de análise da circulação de calor no Atlântico Sul denominado SAMOC (South Atlantic Meridional Overturninc Circulation).

Grupos do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos vão trabalhar nas regiões próximas à América do Sul e pesquisadores de França, Alemanha e África do Sul, nas proximidades do sul da África.

“Sem tirar o mérito das iniciativas anteriores, esse é um dos poucos projetos brasileiros com real inserção internacional, que tratará de fenômenos que não são apenas locais, mas de alcance e interesse global”, disse Campos.

“O Atlântico Sul é o único oceano que transporta calor para o norte, e é isso que modula o clima no hemisfério Sul e mesmo no hemisfério Norte”, disse a pesquisadora argentina Silvia Garzoli, diretora da Divisão de Oceanografia Física da Agência de Pesquisas Oceânicas e Atmosféricas (NOAA), dos Estados Unidos, e uma das principais articuladoras desse projeto no Atlântico Sul.

“Finalmente temos um projeto financiado por três países (Brasil, Argentina e Estados Unidos) e um navio adequado”, disse Garzoli. É também a primeira viagem de coleta de amostras de água e de medições de temperatura em águas profundas, de até 6 quilômetros abaixo da superfície. 




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