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Esporte
Segunda, 29 de junho de 2015, 22h54

Noatto e Romio lideram estadual infanto-juvenil de tênis em Mato Grosso


"Hoje esses meninos estão praticamente sem adversários do mesmo nível dentro de Mato Grosso. Eles precisam de investimento para jogar certames nacionais e internacionais", avalia o técnico, Antônio dos Santos Neto.

Kaue Noatto e Giovanni Romio são os atuais líderes do Circuito Mato-grossense de Tênis, nas categorias infanto-juvenil de 12 e 10 anos, respectivamente. Os dois, apesar da pouca idade, 10 e 9 anos, colecionam inúmeros troféus e medalhas da Federação Mato-grossense de Tênis (FMTT) e de outros torneios não oficiais. E ambos treinam para a próxima etapa do circuito, que será realizada no período de 10 a 23 de agosto deste ano, com fases na capital e interior, e, também, conjecturam planos de alçar vôos em torneios nacionais e internacionais em 2016.

De acordo com o pai do Kaue, Edinei Noatto, comerciante de produtos derivados da madeira, o filho começou nessa modalidade de esporte por influência dele. Enquanto Edinei jogava tênis, Kaue assistia e corria atrás das bolinhas que caiam longe da quadra. Até que aos sete anos de idade foi iniciado nas primeiras aulas. E de lá para cá, passaram-se quase quatro anos e acumularam-se diversas vitórias temporada após temporada. Sempre se sobressaindo em todas as disputas das quais participava.

"Desde o ano passado temos colocado ele para jogar em categorias acima da destinada para a idade dele. Entrou antes da hora na de 12 anos e as vezes também disputa nos torneios adultos. Não só participa como também conquista bons resultados. Desta forma aumentamos a dificuldade, pois os oponentes estão em nível acima. E vai se preparando para esse tipo de situação, concorrentes mais velhos e experientes", explica o progenitor, Edinei Noatto.

"Logo que nasci comecei a ver meu pai jogando tênis. No início só olhava e depois pegava as bolinhas para ele. Até que comecei a fazer aulas e jogar. Quando estou no meu dia consigo jogar bem e na maioria das vezes venço. Às vezes dá tudo errado. Me espelho no Rafael Nadal. Assisto os torneio internacionais e vejo a resistência e regularidade dele. Também tenho um irmão, têm dois anos, ele vai ser tenista. Não pode ver uma raquete. Adora quando vê uma raquete", conta o atleta, Kaue Noatto, com sorriso de ponta a ponta quando lembra do irmão.

O grande admirador, o pai, menciona que guardam todas as taças e medalhas em uma estante no quarto do filho. Também colecionam recortes de jornais com as matérias sobre os êxitos do menino. E confidencia que vai fazer o necessário para ajudar o filhote a conquistar o sonho de ser tenista profissional. Nem que para isto tenha que mandá-lo para longe. Pois, segundo diz, Mato Grosso não têm políticas públicas de investimento no esporte. E que em outros Estados, garotos como o Kaue possuem chances reais de profissionalização.

"O esporte mato-grossense está abandonado. Não há qualquer apoio por parte do governo do município ou do Estado. Não investem nada. Nem para as inscrições dos torneios, custos de viagens e menos ainda para a formação física e técnica. Ele representa a capital e também o Estado e não têm qualquer retorno. Penso em mandá-lo para São José dos Campos (SP). Lá poderá ter suporte do governo. Eles valorizam atletas. Com isso terá oportunidade de alcançar os sonhos", explana Edinei, com olhar entristecido pela possibilidade de ficar distante do filho.

Kaue complementa ao dizer que gostaria de ter patrocínio para ter condições de fazer viagens para eventos nacionais e internacional. E frisa que, com isso não teria que deixar a família para morar em outro Estado. Afirma gostar bastante de brincar com o irmão caçula, quando não está na escola ou nas quadras de saibro.

Categoria 10 anos

Segundo o pai do Giovanni, Wallace Romio, engenheiro agrônomo e empresário, o pequeno dele ingressou na modalidade quando tinha dois anos e meio. Claro, na época uma brincadeira de criança. Que aos poucos foi ganhando força, ficando sério e adquirindo as proporções de um sonho. Ao ponto do primogênito hoje, líder do Circuito de Tênis, na categoria infanto-juvenil de 10 anos, desejar ser tenista profissional. Esse menino também se espelhou no pai, que assim como o filho, conserva uma prateleira coberta de condecorações na sala de estar.

"O tênis é magia para mim. Vou dar todo o apoio que meu filho precisar para conseguir se profissionalizar. Mas, caso não consiga, terá tido uma vida compartilhada com a prática do tênis. É por meio do esporte que ele terá uma vida saudável. Nós, a mãe dele, a irmã e eu, praticamos e esse é nosso momento família. E planejo levá-lo para competir fora de Mato Grosso no próximo ano. Já está quase na hora disso", reflete Wallace.

Giovanni confirma que o objetivo é crescer forte e ser profissional. "Treino toda semana e estou batendo um spin potente no fundo da quadra com a direita. Tenho tentado melhorar a esquerda e as bolas curtas. Já vou fazer dez anos e no próximo ano mudo para a categoria do Kaue. Ele é meu principal oponente", contou Giovanni, que durante a conversa deu ênfase duas vezes que estava para fazer dez anos. Dando a entender que era um homem crescido.

O professor de educação física e técnico dos dois atletas, Antônio Batista dos Santos Neto, expõe que até os dez anos os tenistas estão na fase de Formação. Nela eles aprendem todos os golpes e movimentos especiais. Depois avançam para a fase de Fundamentação, na qual fortalecem tudo visto na etapa anterior. E nesse momento que é interessante para o desportista enfrentar novos adversários em circuitos nacionais e internacionais.  




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