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Esporte
Quinta, 26 de novembro de 2015, 15h42

Atletas mato-grossenses conquistam prata no tênis de mesa e bronze no judô


Foto: Viviane Saggin

Natal, RN - O primeiro dia de competição da delegação de Mato Grosso na edição 2015 das Paralimpíadas Escolares, realizadas em Natal (RN), foi das meninas. Depois da primeira medalha de bronze no atletismo, nos 1.500 metros com Maria Lucilene França, mais duas atletas alcançaram as tão sonhadas medalhas nesta quarta-feira (25.11). Samara Pinho da Silva ficou com a prata, no tênis de mesa por dupla, e Gleise Elen Chafrão, no judô, conquistou o segundo bronze para o estado.

A atleta Samara Pinho da Silva, de 14 anos, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apa) de Cuiabá, ficou com a medalha de prata, no tênis de mesa, por dupla. “Estou muito feliz, achei fácil o jogo. As adversárias estavam nervosas e nós conseguimos nos sair melhor”, diz a para-atleta, que formou três duplas com outras competidoras, já que Mato Grosso não veio com equipe formada para jogos em equipe.

A dupla da Samara enfrentou Minas Gerais, Santa Catarina e Distrito Federal.. “Estamos felizes com o resultado pois começamos os treinos apenas há quatro meses, em uma mesa velha, com pés improvisados, que adaptamos na instituição”, comenta o técnico e professor Willian Luiz da Silva, destacando que a aluna ainda competirá na categoria individual.

Nascida e criada na capital, esta é a primeira vez que ela sai da cidade. Filha única, mora com os pais em uma casa simples no bairro Ribeirão do Lipa e adora frequentar a Apae, segundo ela, porque adora aprender a ler. Seus livros preferidos são de histórias infantis.

Já Gleise Elen Chafrão, 16 anos, garantiu o segundo bronze do dia para Mato Grosso pelo judô. Na última luta da chave derrotou no combate a adversária de Mato Grosso do Sul, em 45’, com um belo ippon - o tempo e o golpe perfeito definiram a vitória com a pontuação máxima do judô.

A menina de Itaúba, distante mais de 500 km da capital, tem deficiência visual grave e pratica o esporte há três anos. Foi descoberta pelo professor Paulo César Salomão, que também treinou a irmã mais velha dela. Para ele, mesmos sem muita preparação para as paralimpíadas em Natal, já que teve pouco tempo para treinar, o resultado é muito satisfatório. “O nível dos atletas na competição é muito alto. A técnica é muito apurada. A maioria das lutas de ontem foram ganhas por ippons, poucas por critérios de empate e punição – faltas”, ressalta.

Gleise é atual campeã estadual de judô na categoria até 52 kg. Já viajou para competições fora do país, como o sul-americano, onde foi vice-campeã na categoria B3. Para o técnico de judô que acompanha os jogos em Natal, Leopoldo Rafael Neto, a atleta tem força de vontade e técnica e pode conquistar outras medalhas na competição.

Goalball

A equipe de goalball, ou golbol, mato-grossense é composta pelos para-atletas Thalles Sampaio, 17 anos, Wesley Rodrigues, 15 anos, e Paulo Isac da Silva, 16 anos, de Tangará da Serra. No primeiro dia de competição enfrentaram as equipes de São Paulo e do Pará. Ganharam a primeira e perderam a segunda, e competem nesta quinta-feira com o objetivo de chegar à final.

No período da manhã, o jogo contra São Paulo terminou 19x9 para os paulistas. Mesmo sendo subestimado no congresso técnico, segundo o técnico Marcelo Gomes Alexandre, o time mostrou a que veio. “Perdemos para o "bicho papão" do campeonato, todavia, demos muito trabalho. A derrota teve um sabor de vitória e gostinho de quero mais”, avaliou, destacando que se não tivessem sofrido duas penalidades antes do início do jogo e duas durante, devido a situação ruim dos óculos que servem como venda, teriam ganhado o jogo.

Dos nove gols marcados na partida, oito foram feitos pelo atleta Paulo Isac. “Com toda certeza não será apenas o destaque desse jogo, mas sim, de todo o campeonato”, acredita o técnico.

No período da tarde, os meninos enfrentaram a tradicional equipe do Pará, que tem revelado jogadores para a seleção brasileira. Placar final MT 17 x 9 Pará. O time demonstrou um pouco de cansaço devido ao fato de não ter jogadores reservas (o quarto integrante da equipe, William Henrique dos Santos, não passou em exames classificatórios e ficou fora do campeonato). Mais uma vez o Paulo se destacou fazendo doze gols, Wesley fez quatro e Thalles um. “A equipe do Pará tinha um sistema de defesa consistente, mas, não foi o suficiente para deter a boa variação de arremessos do Paulo”, lembrou o auxiliar técnico e professor Jonas Juvenal da Silva, que também acompanha a equipe.

Nesta quinta-feira, o time enfrenta o Maranhão, que é considerado o time mais fraco do torneio, e a equipe da Bahia. Se vencerem, passam para as semifinais.

A modalidade

O goalball foi inventado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorenzen e pelo alemão Sett Reindle. É um jogo praticado por atletas que possuem deficiência visual, cujo objetivo é arremessar uma bola com as mãos no gol do adversário.

Cada time tem três jogadores e todos os atletas usam vendas nos olhos. Há também três reservas. Quando um jogador faz um pênalti, fica um no gol e o adversário arremessa. A sua percepção é pelo tato, audição; as linhas do chão são o motivo do jogo em que o tato prevalece. A bola possui guizos para uso da audição e assim eles podem saber em que direção a bola está indo. Precisa de muita concentração, por isso o silêncio da torcida e da equipe é importante. 




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