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Esporte
Segunda, 14 de dezembro de 2015, 06h02

Competição garante emprego e renda para os árbitros de Mato Grosso


Foto: Marcio Alves

Além de proporcionar a prática esportiva entre os estudantes, os Jogos Estudantis de Seleções Municipais gera emprego e renda para os profissionais do esporte no Estado. Só para os árbitros, por exemplo, a competição garantiu trabalho durante todo o segundo semestre do ano. Os árbitros também destacam que o estudantil é uma vitrine para eles e ajuda na formação da cidadania dos estudantes.

Só na última etapa dos jogos – a fase estadual – que terminou nesta sexta-feira (11), na cidade de Campo Novo do Parecis (a 420 km de Cuiabá ), 81 árbitros foram convocados para a competição. Eles foram distribuídos nas modalidades de basquete, vôlei, futsal, handebol e futebol de campo. Mas antes dos jogos chegarem a essa fase, foram seis meses de competições regionais que classificaram os times para o estadual.

E nesse tempo os árbitros conseguiram fazer uma renda extra com os jogos. Para muitos – que trabalham exclusivamente com a profissão – a competição foi fundamental para o sustento. É o caso do coordenador de arbitragem da Federação Matogrossense de Futsal, Jerri Marcos.

Na fase estadual dos jogos, ele foi o responsável por 10 árbitros, que apitavam uma média de 10 partidas de futsal por dia. Marcos contou que viajou praticamente todo o Estado para trabalhar nas fases regionais da competição e que essa regularidade de eventos foi importante para a sua profissão. “Eu vivo disso aqui. Então os jogos estudantis garantiram uma boa renda para mim”, destacou Marcos. que atua no ramo há 18 anos.

Já os árbitros João Carlos e Adivânio Tenôrio destacaram que, além da questão da renda, eles possuem uma relação de amor com a arbitragem e os jogos estudantis. Eles disseram que a competição é uma vitrine, em que o trabalho é visto por estudantes, professores e técnicos da Secretaria Adjunta de Estado de Esporte e Lazer. Quem tiver um bom rendimento é chamado cada vez mais para apitar os jogos.

João também destacou que os jogos proporcionam a interação com público e possibilidade de conhecer novos lugares. “É um grande aprendizado. Por que, ao mesmo tempo em que estamos ensinando, nós também estamos aprendendo com os estudantes que competem nos jogos. É uma troca de experiência”.

Tenôrio também ressaltou a interatividade com os alunos, que antes não costumava haver. Mas, de acordo com ele, isso mudou nos últimos anos e os árbitros, hoje em dia, dialogam mais com os atletas, fora e dentro dos espaços de competições. “Isso é muito importante para corrigirmos o aluno em quadra, quando ele comete uma falta violenta, por exemplo. Antes aplicávamos o cartão amarelo ou o vermelho e pronto. Hoje nós orientamos esses atletas em formação, antes de puni-los drasticamente”, explicou Tenório.

João e Tenório possuem outras profissões, mas disserem que os jogos lhe rendem uma grana extra que ajuda no incremento da renda. “É um valor razoável que ajuda a pagar algumas despesas durante o ano”, afirmaram os árbitros.

Josmar Teixeira fez parte da equipe de arbitragem de handebol nos jogos estudantis em Campo Novo Parecis. Ele trabalha na competição desde 2010 e afirma que além da questão da renda, os jogos servem como válvula de escape. “É o evento onde eu saio do stress e me encontro com os amigos. É claro que tem suas obrigações, mas eu não encaro isso com um trabalho burocrático e chato. Me divirto apitando os jogos”, destacou Teixeira que apita jogos de handebol há oitos anos.

Ele ressaltou que é sempre muito bom apitar a fase estadual dos jogos estudantis, por que envolve as melhores equipes de Mato Grosso. “Mas, acima de tudo, a maior importância dessa competição é o caráter social, pois ela tira muitos jovens da rua”, afirmou.

O coordenador de Esportes Educacionais dos Ensinos Fundamental, Médio e Universitário do Estado, Manoel Fonseca, enfatizou que os Jogos Estudantis de Seleções Municipais são importantes por que garantem o emprego de técnicos e professores de educação física. A competição também envolve, praticamente, as 141 secretarias municipais de Esportes no Estado, que precisam contratar mais profissionais por conta da demanda dos jogos.

A constância de jogos, conforme Fonseca, também mantém os estudantes praticando esporte durante todo o ano. “Eles participam dos jogos regionais e depois continuam treinando para a etapa final da competição, que é a fase estadual, realizada em dezembro. Então, por esses valores agregadores (emprego, renda, inclusão social), que o estudantil de seleções municipais é um dos eventos mais importantes do calendário esportivo de Mato Grosso”, concluiu.
 




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