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Esporte
Quarta, 20 de janeiro de 2016, 11h37

Halterofilismo paralímpico briga por classificação até fevereiro


Em grande parte dos esportes paralímpicos, o Brasil já tem vaga assegurada nos Jogos de 2016 por ser país-sede. No halterofilismo, contudo, os anfitriões não terão vantagem em relação aos adversários. Desde o Mundial de abril de 2014, em Dubai, e até o dia 29 de fevereiro, quando será fechado o ranking do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), todos os atletas somarão pontos em busca da classificação para o Rio de Janeiro.

No feminino, as seis melhores da listagem estarão automaticamente convocadas. Entre os homens, a classificação será dos oito mais bem colocados em cada categoria. Além dessas vagas, o IPC ainda irá oferecer 20 convites, após avaliar os pedidos feitos pelos países. Cada delegação poderá ser representada por um atleta em cada uma das vinte categorias (dez no masculino e dez no feminino).

 

“Nossa expectativa é ao menos igualar a campanha de Londres, quando classificamos cinco atletas. Esse é o mínimo, nossa meta por baixo”, adianta Felipe Dias, coordenador do halterofilismo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “É difícil projetar um número por conta dos convites disponíveis. A gente pode pleitear dez e conseguir cinco ou nenhum. Pelo ranking, vamos tentar ao menos igualar a marca de cinco atletas”, explica.

Para Felipe, o Brasil tem mais chances de conseguir a classificação por pontos nas categorias até 54kg, 80kg e até 107kg no masculino, e até 45kg e 86kg no feminino, esta última que já rendeu um bronze para Márcia Menezes no Mundial de Dubai. Subir ao pódio no Rio de Janeiro, contudo, seria superar todas as expectativas.

“Nossa meta é igualar o melhor resultado, que foi um quarto lugar em Atenas-2004 (com Alexsander Whitaker). A quantidade de concorrentes aumentou muito nos últimos anos, então o halterofilismo é cada vez mais difícil. Uma medalha seria a revolução do esporte no Brasil”, considera o coordenador. “No ano passado tivemos a medalha da Márcia no Mundial, e uma nas Paralimpíadas viria abrilhantar todo o trabalho que temos feito”, avalia.

Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, Maria Rizonaide espera competir em solo carioca e subir de novo ao pódio. “Estou treinando para levantar 96kg e brigar por uma medalha em 2016”, avisa a atleta, que tem acondroplasia (nanismo) e compete na categoria até 50kg. Até o momento, sua melhor marca é de 79kg. No Canadá, o topo do pódio foi conquistado após a brasileira erguer 73kg. “Em 2016 vou me dedicar ainda mais”, garante. O Brasil conquistou oito medalhas no halterofilismo do Parapan, sendo três de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Na edição do Rio, em 2007, foram cinco pódios.

 

Programação

Até o encerramento do período de qualificação, em fevereiro, os atletas brasileiros farão treinos em Uberlândia, de onde seguirão para a Copa do Mundo das Américas de Halterofilismo, entre 21 e 23 de janeiro, que servirá de evento-teste para os Jogos, na Arena Carioca 1. A última chance que o Brasil terá de somar pontos no ranking será na Copa do Mundo de Dubai, entre 15 e 19 de fevereiro.

“Depois desse período, vamos trabalhar especificamente com os atletas que conquistaram as vagas, reforçando as fases de treinamento com períodos mais longos e em competições nacionais. Vamos esperar a divulgação de novos eventos no calendário internacional para avaliar a participação também. Será muita preparação e concentração até os Jogos”, planeja Felipe Dias.
 




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