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Saúde
Quinta, 17 de abril de 2014, 23h53

Neurologistas da Mayo Clinic lideram estudo internacional para avaliar melhor método para prevenir A


 Os medicamentos disponíveis hoje são tão seguros e eficazes quanto uma cirurgia ou implante de stent para prevenir um acidente vascular cerebral (AVC), causado pelo acúmulo de placas nas artérias carótidas? Isso é o que o neurologista da Clínica Mayo na Jacksonville, Flórida, Thomas G. Brott quer descobrir.

“Essa é uma pergunta fundamental”, diz Thomas Brott. “A qualidade dos medicamentos que temos hoje indica que não é mais necessário realizar procedimentos invasivos em pacientes que não apresentam sinais de alerta de AVC. Mais de 100.000 cirurgias das carótidas e de implante de stents nas artérias carótidas são realizadas todos os anos nos Estados Unidos, em pacientes em risco – e isso pode não ser necessário”, afirma.

Para buscar uma resposta, o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Acidente Vascular Cerebral (NINDS – National Institute of Neurological Disorders and Stroke) dos Estados Unidos concedeu a Thomas Brott e a James Meschia verba de US$ 39,5 milhões – uma das maiores já concedidas a pesquisadores da Clínica Mayo, da Flórida. A verba se destina ao financiamento de um estudo clínico de sete anos, que terá a participação de 2.480 pacientes em 120 instituições de saúde nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Austrália. O estudo, que recebeu o nome de CREST-2, deve começar a inscrever pacientes a partir de junho próximo. A administração dos dados dos pacientes e as análises estatísticas serão feitas pela Universidade do Alabama, em Birmingham, sob a direção de George Howard.

O neurologista Thomas Brott diz que é hora de reexaminar o controle médico dos riscos de AVC das artérias carótidas. Os últimos estudos da eficácia dos medicamentos na redução dos riscos de AVC nas carótidas foram iniciados nos anos 90, quando os pesquisadores compararam a eficácia de medicamentos com a da cirurgia também conhecida como endarterectomia da carótida (CEA – carotid endarterectomy). Nessa época, o implante de stent na artéria carótida (CAS – carotid artery stenting) ainda não havia sido desenvolvido e medicamentos, como as estatinas, para baixar o nível de colesterol, estavam apenas chegando ao mercado.
“Acreditamos, realmente, que precisamos descobrir qual é a melhor maneira de controlar o risco de AVC em nossos pacientes”, diz Thomas Brott. “Os dados que temos sobre controle médico já têm uma década, enquanto os medicamentos que estamos usando hoje são muito mais sofisticados”, ele explica.

O CREST-2 está sendo desenvolvido com base na infraestrutura criada para o estudo clínico da Endarterectomia de Revascularização da Carótida versus Implante de Stent (CREST – Carotid Revascularization Endarterectomy versus Stenting), que também foi liderado por Thomas Brott. As descobertas, anunciadas em maio de 2010, revelaram que os procedimentos CEA e o CAS ofereciam resultados similares, em termos de segurança e eficácia, se os pacientes tivessem ou não sintomas de doença das carótidas. Havia diferenças, no entanto, nas semanas que se seguiam aos procedimentos, observadas nos pacientes: os que se submeteram a implante de stent sofreram mais AVCs, enquanto os que se submeteram à cirurgia tiveram mais ataques cardíacos. A idade também faz diferença: as pessoas com menos de 70 anos se saíram melhor com stents, enquanto as com mais de 70 obtiveram melhor resultado com a cirurgia.

O CREST-2 vai consistir de dois estudos paralelos, mas separados, conduzidos em pacientes com estenose de carótida assintomática, com pelo menos 70% – ou mais – de obstrução em uma de suas artérias carótidas, mas que ainda não sofreram um AVC e não tiveram sinais de advertência de AVC.

Uma parte do CREST-2 vai comparar a combinação da CEA e controle médico com controle médico apenas. Outra parte vai estudar a combinação do CAS e controle médico com o controle médico apenas. Portanto, todos os pacientes participantes do estudo serão tratados com controle médico, que pode incluir medicamentos antiplaquetários para impedir coagulação – estatinas, entre outros agentes – e, quando apropriado, medicamentos para a controlar a hipertensão e o diabetes.

“Vamos nos assegurar, em todas as 120 instituições no CREST-2, que os pacientes recebam o controle médico da mais alta qualidade possível, junto com as melhores práticas em cirurgia e implante de stent”, diz Thomas Brott. “O CREST-2 deve nos oferecer a resposta definitiva sobre o que funcionar melhor e que pacientes devem ser tratados da doença da carótida”, afirma.




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