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Saúde
Terça, 23 de setembro de 2014, 08h19

Projeto da Unesp contra cárie já atendeu mais de 6 mil crianças


Mais de 6 mil crianças de 20 cidades do Noroeste e Extremo Noroeste Paulista foram atendidas, desde 2013, pelo projeto Fortalecimento da Atenção Básica à Saúde Bucal na Primeira Infância, de responsabilidade do professor Wilson Galhego Garcia, da Faculdade de Odontologia da Unesp daquela cidade. “Queremos agora ampliar a área de atuação dessa ação para outras regiões do Estado de São Paulo”, explica o docente. “O procedimento que estamos utilizando é extremamente simples de ser aplicado e aprendido. Não é necessário ser aluno ou profissional da área de saúde para participar do projeto, mas, havendo essa demanda, os atuais integrantes darão o aporte necessário com apoio logística da pró-reitoria de Extensão Universitária.”

A meta do projeto é que, a partir de um ação que dura menos de 1 minuto, apenas 10% de crianças tenham cáries na faixa entre 0 e 3 anos. O professor explica que cáries são desordens na saúde das crianças com um enorme custo odontológico e social, causadas fundamentalmente por falta de prevenção adequada. O projeto desenvolvido pela Unesp demonstrou que o uso de gaze ou fralda enrolada no dedo indicador, embebida em água filtrada e passada na boca da criança nos roletes superior e inferior, por dentro e por fora e na língua e no palato, permite atingir os índices preconizados pelos Objetivos do Milênio. “A técnica é simples, barata e de fácil execução pelos pais e educadores de creches. Este é o primeiro passo na primeira infância para uma vida sem cáries”, comenta.

No primeiro momento do projeto, mães, educadoras, professoras, gestantes, agentes comunitários de saúde e líderes comunitários da Pastoral da Criança são informados, de maneira breve e objetiva, com distribuição de folders, por cirurgiões-dentistas acompanhados por alunos de Odontologia, sobre prevenção e controle de doenças bucais e cárie em crianças de 0-3 anos. Numa segunda ação, o procedimento é feito nas crianças pelas próprias mães. Finalmente, reuniões com pais e educadoras avalia o projeto e estabelece a reflexão sobre a atividade presente e ações futuras. “A ideia é trabalhar com as mães e não para elas. Sem o empoderamento do saber das mães, o projeto não tem razão de existir., afirma Galhego.

A partir da ação com educadoras, professoras, agentes comunitários de saúde e líderes comunitários, é possível empoderar gestantes, pais e mães para que cuidem rotineiramente da higiene bucal de suas crianças. Em consequência, é possível dar orientação correta e segura sobre a limpeza da boca do bebê; realizar trabalho realmente preventivo que torne a higiene uma rotina para as mães e as crianças; sensibilizar pessoal da área de saúde (das Universidades, rede pública e profissionais liberais) para um trabalho em rede envolvendo educação, assistência social e cultura; enviar, para centros de referência os casos necessários; e tornar rotineiro o lançamento dos dados na CADERNETA DA CRIANÇA informatizada e dentro do prontuário médico como instrumento de promoção do desenvolvimento integral da criança. “São elboraradas planilhas que permitem que se avalie o retorno social do projeto. É anotado ao lado do nome do aluno se ele tem cárie ou não, chegando-se às porcentagem de cada sala. No próximo ano, nova avaliação permite verificar o sucesso ou insucesso da intervenção, por aluno e por sala”, explica o professor da FO.

O projeto foi implementado em Coroados, Birigui, Bilac, Braúna, Gabriel Monteiro, Piacatu, Glicério, Juritis, Brejo Alegre, Lourdes, Barbosa, Alto Alegre, Luiziânia, Santópolis do Aguapeí, Avanhandava, Clementina, Mirandópolis, Lavínia, Pereira Barreto e Valparaíso.

O PROCEDIMENTO
O procedimento proposto, extremamente simples, mas eficaz, normalmente dura menos de 60 segundos. Com o objetivo de higienizar a boca da criança na primeiríssima infância, consiste em envolver o dedo indicador com uma gaze, molhá-lo em água filtrada ou fervida e em seguida limpar o rolete superior da boca por dentro e por fora, céu da boca (palato), fazendo o mesmo com o rolete inferior e com a língua. Em casa a mãe poderá usar uma fralda de pano limpa, em vez de gaze. A criança deverá estar segura no cadeirão ou no colo, evitando-se o uso de procedimentos acadêmicos longe da rotina que a mãe utilizará em casa. O procedimento é tão simples e indolor que, em casa, quando a criança já está dormindo, ela não chega a acordar. “A ação é extremamente barata e pode ser realizada em creches, Unidades Básicas de Saúde ou dentro de maternidades, tendo como público-alvo inicial enfermeiras, por exemplo”, diz Galhego. 




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