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Saúde
Quinta, 12 de março de 2015, 09h34

Pesquisa sobre Acidentes domiciliares e extradomiciliares aponta para a ações de prevenção


Pesquisa sobre Acidentes domiciliares e extradomiciliares aponta para a necessidade de se intensificar ações de prevenção pelos órgãos públicos e pelas famílias cuiabanas

As mestrandas em Enfermagem, Sueli Marlene Padilha Cunha e Jackeline Gonçalves Brito, defenderam a dissertação de Mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Faculdade de Enfermagem, com o tema: ‘Acidentes na População de Crianças, Adolescentes e Jovens em Cuiabá’. Devido à importância de se conhecer as circunstâncias destes fatos, o estudo buscou os atendimentos de urgência e emergência por acidentes, no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá - HPSMC, envolvendo crianças, adolescentes e jovens como vítimas, no ano de 2013.

De acordo com a mestranda e professora da Universidade de Cuiabá – UNIC, Sueli Padilha, os acidentes entre crianças, adolescentes e jovens são um problema de saúde pública, responsável por diversas consequências no âmbito emocional, físico, social, financeiro e sobrecarga dos serviços de saúde. “Os acidentes infantis muitas vezes ocorrem por descuido dos pais, da própria criança, do adolescente e do jovem, porque às vezes eles acham que os infortúnios não podem acontecer com eles, além disso, muitos desconhecem os perigos”.

A pesquisa mostrou que foram realizados 1.567 pronto-atendimentos no HPSMC por acidente doméstico, isso na faixa etária de 0 a 24 anos (o que representa 4,6 atendimentos por dia). As vítimas que mais sofreram acidentes em casa foram do sexo masculino chegando a 58%, e a idade foi de um a quatro anos, com 50,2%. Os acidentes domiciliares mais frequentes foram quedas com 44,9%, em segundo lugar foi a penetração de corpo estranho nos olhos ou orifício natural, com 19,9%, mordida de animais (6,3%) e contato com substâncias quentes (4,4%). A maior ocorrência foi nos mês de janeiro e nos finais de semana.

Jackeline Brito, que investigou os acidentes domésticos, informa que as crianças menores de um ano foram as mais atingidas e sofreram traumas na cabeça. Já as crianças, a partir dos 10 anos tiveram traumas nos braços. Quatro vítimas tiveram sequelas decorrentes de preensão de dedos em porta/portão. Houve duas mortes (0,3%) decorrentes de queda, com trauma de crânio encefálico. “Acidentes infantis domésticos têm alta incidência, porque há poucas ações de prevenção e orientação que aborde este tema com os órgãos públicos e com as famílias cuiabanas”, destacou.

O resultado com acidentes extradomiciliares é mais grave ainda, só no ano de 2013, foram registrados 2.619 casos na faixa etária de 0 a 24 anos. Deste total 70% foram do sexo masculino, com a faixa etária de 15 a 24 anos.
Os locais em que mais ocorreram os acidentes foram rua e estrada (85,0 %), além de locais para a prática esportiva (6,0%), sendo os finais de semana de maior ocorrência.
Sueli, pesquisadora que investigou os acidentes ocorridos fora de casa, alerta para os acidentes registrados no trânsito, com um total de 2.122. “Esses acidentes ocorreram mais aos finais de semana e na frente estão os motociclistas (71,0%), em segundo lugar os de carro (10,3%), além de bicicletas (7,6%) e atropelamentos (7,5%)”.
Quanto às quedas, foram registrados 200 atendimentos no HPSC, entre 10 a 19 anos, no sexo masculino e a maioria durante prática esportiva.

As mestrandas concluíram que é necessário informatizar os registros nos serviços de saúde a fim de aprimorar a qualidade da informação, o que permite conhecer melhor o evento e direcionar medidas de prevenção. Além disso, orientar a população para a necessidade de ambientes seguros para crianças, adolescentes e jovens, assegurando a este grupo etário um crescimento e desenvolvimento livres de acidentes. “Já existem políticas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde – MS para a prevenção de acidentes, mas é preciso incorporar estas políticas nos serviços de saúde, principalmente na atenção básica, por meio das equipes saúde da família”.
 




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