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Saúde
Terça, 26 de maio de 2015, 19h47

Uma em cada quatro células da pele apresenta mutações que podem levar ao câncer


                                 Conclusão é de pesquisa inglesa que busca evidências sobre a origem da doença

 

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Embora saudável, normal e sem problemas aparentes, a pele pode apresentar um número inesperado de mutações de DNA relacionadas ao câncer. A conclusão é de um estudo recentemente publicado pela revista Science, que mostrou os primeiros passos das células em direção ao câncer de pele.

A pesquisa foi realiza por meio da análise de tecidos normais, que ajudaram a saber mais sobre a origem do câncer de pele. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, averiguaram amostras de pele das pálpebras de quatro pessoas com idades entre 55 e 73 anos. A experiência descobriu mais de 100 mutações de DNA ligadas ao câncer em cada centímetro quadrado de pele.

O estudo revelou, ainda, que cada célula de pele normal transporta milhares de mutações, principalmente causadas pela exposição ao sol. Cerca de uma em cada quatro células de pele - de amostras de pessoas sem câncer - foi encontrada para transportar pelo menos uma mutação relacionada à doença.

— A quantidade de mutações observadas é alta. Mas o que estamos vendo aqui são as profundezas ocultas do iceberg, não apenas o número relativamente pequeno de mutações que quebram através na superfície até resultar em câncer — afirma Iñigo Martincorena, do Sanger Institute.

A equipe descobriu que essas mutações que podem originar câncer começam a aparecer ao longo do tempo, sempre que a pele é exposta à luz do sol. Mas eram necessárias inúmeras mutações — não se sabe ao certo quantas — para resultar em um tumor.

Phil Jones, da Universidade de Cambridge, ressalta que o uso de protetor solar e cuidados com os horários de exposição ao sol são precauções importantes em todas as fases da vida. Mas o pesquisador destaca que deve-se dar mais atenção às crianças, onde a pele se encontra em fase de desenvolvimento, e aos idosos, que já acumularam uma série de mutações.

O resultado destaca que é possível compreender melhor a origem do câncer por meio de células de pele saudável. O grupo Cancer Genomic do Sanger Institute pretende continuar esse trabalho com amostras maiores e uma variedade maior de tecidos para entender como células normais se transformam em cancerígenas.
 




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