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Saúde
Quinta, 25 de junho de 2015, 10h17

Realidade da Enfermagem de MT será apresentada em Cuiabá


Mato Grosso irá receber a divulgação dos resultados da Pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil no próximo dia 03 de julho e todos os profissionais de enfermagem e autoridades da Saúde estão convidados. Será realizado um seminário de portas abertas no auditório da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, das 14h às 18h.

Conhecer a realidade da Enfermagem contribui para refletir e propor ações para as políticas de saúde no país, já que a classe corresponde a 60% da força de trabalho da Saúde no país e suas atitudes e suas necessidades interferem diretamente da assistência ao paciente, ao familiar e nas ações de prevenção de doenças e de promoção do bem estar.

A pesquisa, custeada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi concluída e os resultados gerais foram divulgados em maio, em Brasília.

Agora uma comitiva do Cofen e da Fiocruz está rodando o país repassando os dados divididos por Estado e o evento de lançamento dos resultados aqui está sendo organizado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren/MT).

Dentre as especificidades de Mato Grosso, devem ser considerados especialmente as grandes distâncias; o difícil acesso para trabalhar; a concentração de trabalhadores em algumas regiões e o número escasso deles em outras; e vasto número de etnias indígenas.

Nesses pontos, é provável que a pesquisa aponte quadros bem distintos da média nacional – divulgada pela Fiocruz e pelo Cofen em maio. O estudo, inédito, retratou a realidade de mais de 1,6 milhões de trabalhadores, divididos nas categorias enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares – número de profissionais de enfermagem em 2012, quando os formulários foram entregues (hoje o universo da classe se aproxima a 2 milhões).

Mato Grosso representa 1,44% desses trabalhadores e segue panorama nacional no que diz respeito à divisão por categoria, por sexo, classe social, raça, entre outros pontos averiguados.

Dos 23.077 profissionais de enfermagem no Estado (levantamento de 19/06/2015), 11 são atendentes, 2.950 são auxiliares de enfermagem, 6.606 são enfermeiros e 13.510 são técnicos de enfermagem. A concentração de mulheres na enfermagem, mesmo caindo, ainda é bastante alta: em Mato Grosso, 20.222 são do sexo feminino (87,63%) e 2.855 (12,37%) do sexo masculino.
Em função disso, os maiores desafios da Enfermagem – do ponto de vista do trabalhador – se confundem com a condição da mulher de classe média-baixa em um país patriarcal, como o Brasil – intensificado pelas condições de uma cultura interiorana e agrária, o caso de Mato Grosso.

Além da já constatada dupla ou tripla jornada da maioria das mulheres no país (após o trabalho, ainda se responsabiliza pelas tarefas domésticas e pelo cuidado dos filhos), a pesquisa comprovou numericamente o já conhecido duplo ou triplo vínculo trabalhista na enfermagem – uma tentativa de compensar os baixos salários da profissão.

Por esses e outros motivos, não é difícil entender os dados quantitativos e qualitativos que apontaram uma enfermagem sobrecarregada, exausta, desestimulada, mas esperançosa e dedicada. Classificar a profissão como “um ato de amor” foi recorrente, é explicado pela necessidade de grande amor para se manter nela e pela construção cultural dela – que hoje é autônoma e científica, mas nasceu voluntária.

A pesquisa fez um levantamento bem completo e todas as informações sobre a enfermagem mato-grossense serão repassadas no seminário de 03 de julho. 




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