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Saúde
Sábado, 27 de junho de 2015, 14h29

Mirtilo pode ser aliado contra o câncer e bom para o cérebro de idosos


O mirtilo, da família Ericaceae, é uma das frutas frescas mais ricas em antioxidantes já estudadas. Tem um conteúdo elevado de polifenóis tanto na casca quanto na polpa, que confere funções importantes na prevenção de diversas patologias, como o câncer e doenças cardiovasculares. Está cada vez mais conhecido aqui no Brasil, apesar de ser uma fruta ainda pouco consumida. Talvez você o conheça como blueberry.

Apesar de ser vendida in natura, essa frutinha é mais comercializada na forma congelada. Feito da maneira correta, o congelamento pode conservar a ação antioxidante da fruta, uma vantagem para o consumo ao longo de todo o ano. Estudo recente demonstrou que manter as frutas congeladas a uma temperatura igual ou menor a -17°C entre 3 e 6 meses não ocasiona perda significativa da capacidade antioxidante ou de concentrações de antocianina, um potente antioxidante.

O blueberry é riquíssimo em nutrientes, principalmente em compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, principalmente antocianinas e resveratrol, sendo uma fonte importante de combate aos radicais livres.

Além disso, o blueberry também é rico em vitaminas A, C, E (também com potencial antioxidante), além de potássio, cobre, ferro e zinco. Tem importante teor de fibras, e poucas calorias, o que o transforma em um aliado na perda de peso saudável.

Os chamados "berries" (mirtilo, amora, cerejas, uva, romã, morango, cranberry, gojiberry) possuem, de maneira geral, um baixo índice glicêmico. No entanto, entre este grupo, o blueberry possui o maior índice glicêmico, mas mesmo assim considera-se que ele possui impacto positivo na regulação do açúcar sanguíneo, importante principalmente para indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2. Além disso, alguns estudos já apontam que as antocianinas têm propriedades semelhantes à insulina e contribuem para a melhoria da função metabólica e os efeitos de redução de lipídios no sangue.

O seu potencial antioxidante tem sido estudado na prevenção do câncer, pela eliminação de substâncias cancerígenas pelo corpo. Ainda, a antocianina e o resveratrol também atuam na saúde cardiovascular prevenindo processos oxidativos que culminam com a ateriogênese, a formação de placas de gordura na parede de artérias.

Um estudo publicado em 2010 pela Journal of Agricultural and Food Chemistry com idosos (idade média de 76 anos) encontrou que o consumo de suco de blueberry por 12 semanas conferiu benefícios neurocognitivos aos idosos que apresentavam um início de declínio da memória. Os idosos consumiram entre 6 - 9 mL/kg/dia em dosagens iguais divididas no desjejum, almoço e jantar.

Atualmente, o blueberry também tem sido produzido no Brasil. A boa notícia é que estudos já verificaram que a composição de antioxidantes da fruta não modifica segundo o local de produção. A fruta possui um sabor agridoce e pode ser empregada tanto em pratos doces como salgados, ou ser consumida "in natura". Pode estar acompanhada de outras frutas, cereais e iogurtes; ou estar presente como ingrediente em preparações como vitaminas, smoothies, bolos, tortas, geleias e sobremesas doces.

Não há uma recomendação de ingestão diária dessa fruta. No entanto, caso seja possível incluí-la de 3 a 4 vezes por semana em sua rotina alimentar, principalmente acompanhada de outras frutas do grupo berries, certamente o organismo estará coberto pelo poder antioxidante desses alimentos. O mais importante é manter uma alimentação saudável, equilibrada e variada.  




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