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Saúde
Quarta, 10 de fevereiro de 2016, 15h53

Ministério da Saúde diz ser boato associação entre microcefalia e vacina


Foto: Tânia Rêgo

Órgão responde a boatos nas redes sociais e diz não haver qualquer relação entre imunizantes e a condição. Problemas neurológicos específicos em crianças menores de seis anos também foram descartados

Enquanto especialistas e pesquisadores tentam entender o zika e seu alcance, as redes sociais têm suas hipóteses. Todas elas, porém, derrubadas pelo Ministério da Saúde. As principais informações incidem sobre a microcefalia e a sua relação com o zika. A incerteza sobre essa associação tem dado espaço a algumas teses -segundo o órgão, infundadas.

Uma delas é de que a vacinas do calendário de imunização seriam a causa do aumento do número de casos de microcefalia no Nordeste. Sites independentes e grupos de WhatsApp veiculam essa informação.

Segundo essas fontes, um pesquisador independente, o Dr. Plínio Bezerra dos Santos Filho, teria protocolado uma ação no Ministério Público, alegando que vacinas poderiam ter sido a causa do aumento do número de microcefalias na região. Esse fórum para mães mostra que muitas estão preocupadas com a vacinação. “E agora, vacinamos ou não?”, pergunta uma delas.

Com o alcance dessa info, o Ministério da Saúde se viu na posição de ter que comentar o caso. Garantiu que as vacinas são seguras e que não há nenhum estudo (nacional ou internacional) que tenha registrado casos de microcefalia associados à vacina. A resposta do Ministério:

As vacinas ofertadas pelo PNI são seguras e não há nenhuma evidência na literatura nacional e internacional de que possam causar microcefalia.

O Ministério da Saúde está acompanhando com prioridade as notificações e investigação dos casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, discutindo o assunto com os Conselhos de Secretários estaduais e municipais de saúde, reunindo especialistas na área, declarando o fato como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Tem prestado todos os esclarecimentos à população sobre a situação atual e, junto com as Secretarias de Saúde, vem orientando as gestantes e envidando esforços para que as gestantes e crianças afetadas tenham toda a atenção em saúde.

Cumpre ainda informar que em relação ‘as vacinas influenza e contra rubéola, citadas nas redes sociais, a vacina inativada influenza pode ser seguramente e efetivamente administrada a partir de 6 meses de idade e durante qualquer trimestre da gestação. Nenhum estudo até o momento tem demonstrado um risco aumentado de complicações maternas ou desfechos fetais adversos (mortes fetais, malformação, etc) associados com a vacinação contra a influenza.

Uma outra informação considerada boato pela pasta que circula nas redes sociais são sobre problemas neurológicos em crianças. Segundo mensagens, o vírus estaria provocando problemas cognitivos não só em bebês, mas em crianças menores de seis anos.

Sobre essa notícia, o Ministério da Saúde também alegou ser boato e disse não haver casos de problemas cognitivos em crianças após o nascimento. Diz a pasta:  É importante evitar boatos e especulações. Não há casos documentados sobre sequelas provocadas pelo Zika em crianças a partir do nascimento. A microcefalia é uma condição identificada apenas no nascimento. Precisamos ressaltar é que pessoas de qualquer faixa etária podem ser contaminadas pelo vírus, não apenas as crianças.

Alertamos também que as medidas de prevenção e eliminação dos mosquitos transmissores de doenças são fundamentais para proteger as famílias. Enquanto não há imunização para essas doenças, a recomendação do Ministério da Saúde é que a população mantenha as ações contínuas de prevenção. 




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