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Saúde
Terça, 12 de abril de 2016, 12h52

Metropolitano realiza primeira cirurgia de reparação de sequela provocada por hanseníase


A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da cooperação técnica entre o Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac) e o Hospital Metropolitano de Várzea Grande "Lousite Ferreira da Silva", realizou a primeira cirurgia na unidade de saúde de reparação de sequela provocada por hanseníase. O procedimento aconteceu na tarde desta segunda-feira (11.04) e consiste na descompressão dos nervos causando alívio nas dores e diminuindo o número de medicamentos administrados, além de proporcionar a reinserção social e laboral dos pacientes. Mato Grosso registra a maior prevalência da doença, com 10,19 casos por 10 mil habitantes. A média no Brasil é de 1,27 por 10 mil habitantes.

O primeiro paciente foi o pintor Edivaldo da Silva Rondon, 36 anos, que está curado, mas convive com as sequelas da doença e não consegue trabalhar. Ele perdeu o movimento das mãos e pés e, por conta de dores muito fortes, às vezes não consegue andar. Para a esposa Gisele Marques Rodrigues, que aguardava ansiosa por notícias do marido, o sucesso da cirurgia dá um novo rumo para sua família. Emocionada, Gisele disse que Edivaldo já estava depressivo por não conseguir trabalhar e nem conseguir mais fazer os bicos que apareciam eventualmente. “É muito triste ver um homem jovem, com três filhos pra criar, sem conseguir se locomover por causa dessa doença. Agora sim, seremos uma família feliz”.

O secretário adjunto de Serviços e Saúde, Werley Silva Peres, disse que a iniciativa é um marco para a saúde no estado. “Mato Grosso tem avançado de maneira muito positiva. Isso não significa que o estado tem uma situação favorável, mas sim que há a preocupação do diagnóstico precoce e a busca por atender integralmente as pessoas, que é o que o SUS preconiza”, destacou. O secretário ainda acrescentou que a intenção é promover a mudança de hábitos do paciente. “As sequelas da hanseníase podem deixar marcas físicas e psicológicas. A coordenação motora é afetada, o que com o tempo pode causar sérias sequelas e até levar a incapacidades irreversíveis”.

O ortopedista e responsável pela equipe do Cermac, Mauricio Allet, explica que a cirurgia não é estética, mas recobra a autoestima e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com o preconceito e a segregação. Ele destaca que a equipe do Cermac responsável em avaliar os pacientes é composta por médicos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e assistentes sociais que avaliam a situação e indicam o tratamento necessário. Mauricio acredita que será possível realizar até 10 cirurgias mês de correção de sequelas da hanseníase e ampliará a oferta de acordo com a demanda do atendimento dos pacientes. “A retomada das cirurgias marca o início do funcionamento pleno e ininterrupto do procedimento que foi esquecido pelas gestões passadas”.




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