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Saúde
Domingo, 14 de agosto de 2016, 14h24

Fiocruz promove, na terça (16/8), seminário sobre chikungunya no Rio


A Fiocruz promove, nesta terça-feira (16/8), encontro sobre experiências clínicas em casos de chikungunya em adultos e crianças. voltado para profissionais de saúde. O seminário acontecerá das 9h às 17h, no auditório do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro. A doença tem ganhado evidência no meio científico e na mídia devido ao súbito aumento do número de casos e de mortes relacionadas no Brasil, além da confirmação da transmissão vertical para bebês, que pode levar a sequelas neurológicas e até à morte.

O diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, alerta para a gravidade da situação epidemiológica do chikungunya no Brasil e explica que o evento tem o importante papel de capacitar a força de trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) para lidar com uma provável epidemia do vírus no próximo verão. “A Fiocruz está dando sua contribuição para atuar de forma proativa ante esse evento altamente provável, que é uma epidemia de chikungunya. Estamos preparando, capacitando e atualizando os conhecimentos da força de trabalho do SUS”, explica ele.

Segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), somente no primeiro semestre de 2016 mais de 137 mil casos de chikungunya foram notificados. O número é quase dez vezes maior que os registros no país durante todo o ano de 2015 (cerca de 14 mil). Conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), o Brasil responde por 77% dos 178 mil casos prováveis da doença nas Américas registrados neste ano. Os números do MS também revelam o avanço pelo território brasileiro: até junho, há registro de casos em todas as unidades federativas, totalizando 2.054 municípios com notificações da doença.

Se o vertiginoso aumento do número de casos preocupa, a elevação dos índices de morte pelo agravo também. Em 2014 foram apenas três óbitos relacionados ao chikungunya; em 2015, seis; já no primeiro semestre de 2016, o MS confirmou laboratorialmente 17 mortes pelo vírus. Essas estatísticas ainda não contabilizam as primeiras mortes de um feto e um recém-nascido pelo vírus no país, noticiada pela secretaria de saúde de Recife em julho. Até então, só havia registro de mortes de idosos.

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya não tem tratamento, somente medicação para alívio da febre e das dores intensas e, muitas vezes incapacitantes, principalmente, nas articulações de pés e mãos. “Embora a maioria dos pacientes tenha como sequela temporária essa dor, há relato de casos de miocardite (inflamação no músculo do coração) e meningoencefalite (um tipo de meningite) relacionadas à infecção pelo chikungunya”, explica Venâncio.

Confira abaixo a programação:

8h30 às 9h: Café de boas-vindas e entrega do material

9h às 10h20: Abertura: Chikungunya no Brasil - Valcler Fernandes Rangel (Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde - VPAAPS); Marília Santini (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - INI); Lívia Vinhal (Ministério da Saúde), Alexandre Chieppe (Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro - SES- RJ); Cristina Lemos (Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro - SMS-RJ)

10h30 às 11h10: Os desafios clínicos no tratamento de chikungunya e a importância do diagnóstico diferencial na tríplice epidemia

Palestrante: Rivaldo Venâncio – Diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul

Debatedor: Valcler Fernandes Rangel, Vice-presidente da Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde

11h10 às 11h30: Debates

11h30 às 12h10: Chikungunya: abordagem clínica da fase aguda e subaguda

Palestrante: Melissa Falcão – SMS de Feira de Santana

Debatedor: André Siqueira, pesquisador do INI

12h10 às 12h30: Debates

12h30 às 13h30: Brunch no local

13h30 às 14h10: Chikungunya: abordagem clínica da fase crônica: manejo da dor e da artrite

Palestrante: Ricardo Prado Golmia – coordenador de pesquisa do Hospital Abreu Sodré (AACD) e médico clínico e reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein

Debatedor: Roberto Fizman – reumatologista, pesquisador do INI

14h10 às 15h: Debates

15h às 15h40: Chikungunya: abordagem clínica na criança

Palestrante: Robério Leite – pesquisador do Hospital Estadual São José de Doenças Infecciosas – Fortaleza, Ceará

Debatedor: Carlos Eduardo Figueiredo, infectologista do Instituto Fernandes Figueira

15h40 às 16h: Debates

16h às 17h: Desafios para o enfrentamento da epidemia de chikungunya

Lívia Vinhal, Rivaldo Venâncio, Melissa Falcão, Ricardo Golmia, Robério Leite e André Siqueira 




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