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Saúde
Terça, 27 de setembro de 2016, 14h36

Sistemas integrados viabilizam os transplantes no País


Para viabilizar o processo de transplante de órgãos no Sistema Único de Saúde (SUS), dois órgãos federais são imprescindíveis para que a operação logística seja bem-sucedida: Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA). Essas entidades são responsáveis pela captação, distribuição e transporte dos tecidos e órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, 87% dos transplantes de órgãos são realizados com recursos públicos.

Ao SNT cabe gerenciar todo o processo de captação e recepção de órgãos e tecidos. O sistema integra diversos órgãos do sistema de saúde que têm papéis específicos no encaminhamento dos transplantes.

Um deles é a Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO), que funciona nos Estados e no Distrito Federal. Nesses locais, há equipes especializadas e estabelecimentos de saúde autorizados para realizar diagnóstico de morte encefálica, retirada de órgãos e tecidos e transplantes e enxertos. Os hospitais notificam a central quando há falência da atividade cerebral irreversível e a família concorda em doar os órgãos do parente.

A estrutura do SNT abrange uma vasta estrutura administrativa, que engloba o Ministério da Saúde, secretarias estaduais, municipais e hospitais e a Central Nacional de Transplantes (CNT). É esse órgão que aciona o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA) para organizar o deslocamento das equipes com o órgão para o local em que o receptor aguarda para fazer a cirurgia.

Além disso, os enfermeiros da CNT também gerenciam a lista única nacional de receptores quando surge um doador em potencial. Eles inserem os dados do doador no Sistema Informatizado de Gerenciamento (SIG), que indica o candidato compatível conforme o tempo de espera na fila, a urgência pela operação e o tipo sanguíneo.

Cerca de 30% dos órgãos transplantados no País são encaminhados aos destinos de avião. A Força Aérea Brasileira (FAB) mantém um acordo com o Ministério da Saúde para priorizar o transporte desses órgãos no tráfego aéreo, mesmo em rotas civis, controladas pela instituição. Apenas em 2015, 3,8 mil voos comerciais transportaram órgãos para serem transplantados.

Os profissionais da CNT recebem as informações sobre o doador e o receptor selecionados que foram enviadas pelas sucursais em qualquer parte do País. O centro encaminha os dados para a CNT no Rio de Janeiro, onde enfermeiros acompanham a definição do transporte ideal para os órgãos de dentro da sala de decisões colaborativas do CGNA, responsável pelo controle do tráfego aéreo.

Na sala de controle, a equipe verifica a rota mais rápida e comunica às companhias comerciais sobre a necessidade do translado. A FAB também pode ser acionada, sobretudo quando o transporte envolve órgãos que têm menor tempo de isquemia, como coração e pulmões, que só resistem por quatro e seis horas, respectivamente, sem irrigação fora do corpo.

Por isso, as equipes priorizam as rotas mais rápidas, que não fazem escalas ou conexões e nos quais os médicos e enfermeiros possam embarcar da cidade do doador. Representantes do tráfego aéreo, que também acompanham o processo na sala de controle, analisam condições meteorológicas e podem solicitar a prioridade dos voos em determinada rota. Os pousos e decolagens desses aviões que carregam tecidos e órgãos que serão transplantados têm prioridade nos aeroportos. 




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