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Saúde
Terça, 25 de outubro de 2016, 08h04

Região das Américas está livre da pólio há 25 anos, celebra OPAS


Há 25 anos, a região das Américas está livre da poliomielite. O último caso da doença foi detectado em 23 de agosto de 1991, no Peru. A erradicação da patologia é motivo de comemoração para a Organização Mundial da Saúde (OMS), seu escritório regional e parceiros, que trabalharam junto a comunidades e Estados para conter a enfermidade, levar vacinação às populações e monitorar o aparecimento precoce da infecção.

“Continuar vacinando é fundamental para que a pólio desapareça de todo o mundo, algo em que estamos trabalhando há 30 anos”, destacou o chefe do programa ampliado de imunizações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Cuauhtémoc Ruiz Matus.

O especialista elogiou os esforços dos profissionais de atenção médica e de doadores internacionais que transformaram a poliomielite em “um temor do passado” nas Américas.

Enquanto em 1975 foram registrados quase 6 mil casos da doença na região, em 1991 foram detectados os últimos seis. Três anos depois, em 1994, a pólio foi declarada como erradicada no continente. Desde então, não houve mais nenhuma ocorrência de crianças com paralisia em decorrência da infecção.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa, provocada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia em questão de horas. A doença afeta principalmente os jovens com menos de cinco anos de idade. Não existe cura para a enfermidade, mas ela pode ser prevenida.

Quando administrada diversas vezes, a vacina contra a poliomielite confere proteção para toda a vida. Mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo que hoje podem caminhar poderiam ter sofrido com paralisia caso não tivessem sido imunizadas.

Além de fornecer assistência técnica, a OPAS tem contribuído para a eliminação da poliomielite adquirindo, em nome dos Estados latino-americanos e caribenhos, a maioria das vacinas, seringas e suprimentos usados em seu programa de controle da doença.

O Fundo Rotatório do organismo regional tem possibilitado o abastecimento contínuo e a compra a preços acessíveis de materiais de saúde, sem que a redução dos custos incorra em perda da qualidade. Como a primeira região do mundo a eliminar a poliomielite, as Américas abriram um caminho para um mundo livre da doença.

Pólio ainda presente em outras partes do mundo

A nível global, o mundo está muito próximo de alcançar a meta de erradicação da doença. Atualmente, existem menos casos registrados em todo o mundo do que em qualquer outro momento da história. Em 2016, apenas 27 ocorrências de poliovírus foram reportadas até o último dia 11, em comparação com 51 no mesmo período do ano passado.

Foram três os países que identificaram infecções — Paquistão, Afeganistão e Nigéria. Esse último, que não havia detectado nenhum caso nos últimos anos, notificou em agosto duas crianças paralisadas pela doença. Quatro das seis regiões da OMS já foram certificadas livres da poliomielite e apenas um dos três tipos de poliovírus selvagem — o tipo1 — continua circulando no mundo.

Os esforços que levaram a estas realizações foram guiados pela Iniciativa de Erradicação Global da Poliomielite, liderada pela OMS, pela Rotary International, pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Mudança em estratégia vai avançar combate à doença

A OPAS lembra que um processo de coordenação global conhecido como “switch” (“mudança”, em português) ocorreu em abril de 2016, quando 155 países e territórios suspenderam a vacina contra a poliomielite oral trivalente, que protegia contra os três tipos de vírus da doença. O tratamento foi substituído pela imunização bivalente, que protege contra dois tipos de vírus.

A alteração ocorreu visto que o poliovírus tipo 2 foi erradicado. A OPAS considera que o “switch” permitirá fortalecer a imunidade das pessoas vacinadas contra os tipos restantes de poliovírus e reduzir o risco de casos de poliomielite causados pela vacina tipo 2.

A OMS calcula que a erradicação global da poliomielite até 2018 permitirá uma economia de custos de 40 a 50 bilhões de dólares. O não cumprimento da meta pode levar ao ressurgimento da doença, com um número total de casos estimado em 200 mil a cada ano.

“Ainda há muito a fazer nesta nova fase para a erradicação mundial, protegendo as futuras gerações e assegurando que as vacinas estejam disponíveis para todas as crianças”, disse Ruiz Matus.

Segundo a OPAS, os esforços nas Américas vão se concentrar em garantir que anualmente mais de 95% das crianças com menos de um ano estejam vacinadas contra a poliomielite em cada município de todos os países sob mandato do organismo regional. A Organização também espera aumentar a vigilância dos casos de paralisia flácida aguda. 




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