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Saúde
Terça, 28 de março de 2017, 13h27

Radiocirurgia Estereotáxica será tema de simpósio na Capital


Medos e dúvidas são constantes quando o assunto é câncer. Contudo, as novas tecnologias e drogas caminham para que os tratamentos sejam mais amenos, eficazes e precisos. É o caso, por exemplo, da Radiocirurgia Estereotáxica, uma técnica que, apesar do nome, não envolve cortes nem sedação – sendo altamente eficaz no tratamento de tumores no sistema nervoso central ou cranianos, bem como na medula espinhal, previamente irradiados.

Para debater este tema tão importante para a radio-oncologia moderna, o Santa Rosa Onco, do Grupo Santa Rosa, em parceria com a Sociedade de Neurocirurgia de Mato Grosso, irá promover, nesta sexta-feira (31 de março), o "1º Simpósio de Radiocirurgia Estereotáxica de Mato Grosso", no Hotel Gran Odara.

O evento reunirá especialistas no assunto e convidados especiais, como os professores da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), o doutor Antonio Afonso Ferreira de Salles e a mestre Alessandra Gorgulho, para abordar os novos rumos e avanços na área – propiciando um intercâmbio de conhecimento entre os profissionais.

"Pela primeira vez, Mato Grosso irá contar com um evento científico de radiocirurgia. Inclusive, vamos receber cinco palestrantes reconhecidos internacionalmente – que estão vindo para compartilhar seus conhecimentos e experiências com os profissionais daqui", ressalta Otávio Henrique Vieira, médico radio-oncologista do Santa Rosa Onco, um dos organizadores do evento.

A médica radio-oncologista da equipe do Santa Rosa Onco, Mariana da Cruz Rodrigues Carvalho Strapasson, reforça que a participação de autoridades com conhecimento global nas áreas de Radiocirurgia e Neurocirurgia reafirmam o hospital como um centro de excelência acadêmica e de ensino.

"Este é um tratamento de alta complexidade, que envolve aplicação de tecnologia de ponta aliada à capacidade técnica de uma equipe multidisciplinar altamente especializada. Inclusive, a Radioterapia do Santa Rosa Onco se coloca em uma posição de destaque ao disponibilizar esse serviço para a população mato-grossense", complementa Mariana, que também faz parte da organização do evento.

TRATAMENTO – A Radiocirurgia Estereotáxica é uma tecnologia que permite a liberação de altas doses de radiação à uma região localizada do cérebro, com grande precisão e segurança, em uma única fração de tratamento ou em poucas frações – em geral, menos de cinco. A utilização do método aumenta a segurança e a eficiência no tratamento de tumores, ampliando suas possibilidades de uso em substituição à cirurgia convencional.

De acordo com Otávio, a Radiocirurgia Estereotáxica atua essencialmente no local do tumor – isto permite que as células cancerígenas sejam destruídas sem que ocorram danos maiores aos tecidos saudáveis e órgãos vizinhos.

"Este é um tratamento focal, que dura de 15 a 20 minutos, com alta eficácia, poucos efeitos colaterais e menos morbidade. O paciente não precisa ficar internado e vai para casa logo em seguida – mantendo sua rotina normal. O acompanhamento posterior é feito por meio de consultas ambulatoriais periódicas e exames radiológicos de controle", comenta o médico radio-oncologista.

O método permite ainda chegar a tumores localizados em áreas não operáveis pelo método tradicional, seja pela dificuldade de acesso ou pelo risco elevado. Outro diferencial é que podem ser tratadas várias lesões ao mesmo tempo, um aspecto relevante, já que metade dos pacientes com metástase no cérebro tem mais de uma lesão. A limitação é o tamanho do tumor: pequeno, no máximo três centímetros, e bem definido.

"A radiocirurgia pode ser usada de forma radical e exclusiva ou associada à abordagem neurocirúrgica como opção de reforço, no caso de doença residual ou reincidente. O tratamento é planejado e acompanhado por um neurocirurgião", explica Mariana.

SANTA ROSA ONCO – O Santa Rosa Onco é o único centro oncológico de Mato Grosso que oferece radiocirurgia. O primeiro procedimento realizado pela unidade aconteceu em setembro em uma paciente com neurinoma de acústico, um tumor benigno no ouvido e que poderia causar perda da audição. 




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