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Saúde
Quinta, 14 de setembro de 2017, 15h43

Arquipélago de Alcatrazes passará a receber turistas no verão


A partir de janeiro, turistas devem poder visitar o Arquipélago de Alcatrazes, a 35 km da costa no norte de São Paulo, e conhecer de perto o ambiente natural único da unidade de refúgio da vida silvestre (RVS). A previsão é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão gestor do local. A demanda por visitação à ilha ocorre desde a década de 1990.

O refúgio é gerido de forma compartilhada com a Estação Ecológica Tupinambás. De acordo com o ICMBio, nas duas unidades foram registradas 1,3 mil espécies, das quais 93 sofrem algum grau de ameaça de extinção. O arquipélago abriga, ainda, espécies endêmicas (exclusivas do local) e possui a fauna recifal mais conservada e biodiversa do Sudeste e do Sul do Brasil, além de ser uma área de reprodução e crescimento de espécies de valor comercial para o setor pesqueiro.

O refúgio é composto pelas ilhas do arquipélago dos Alcatrazes, além de relevante parte de oceano Atlântico, o que totaliza uma área superior a 67 mil hectares. Elas formam, assim, a maior unidade de conservação marinha de proteção integral das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Alcatrazes se eleva quase 300 metros acima do nível do mar.

Diversidade e beleza

A ilha de Alcatrazes abriga uns dos maiores ninhais do País, com nidificação de fragatas (Fregata magnificens), atobás (Sula leucogaster) e gaivotões (Larus dominicanus). Lá, já foram registradas 91 espécies de aves, das quais 12 são consideradas ameaçadas de extinção.

A vegetação é caracterizada por áreas de mata atlântica e campos rupestres. O local é também o principal local de abrigo, alimentação e descanso de tartarugas marinhas da costa de São Paulo. Em suas águas também são encontradas cerca de 260 espécies de peixes. Há, também, a presença marcante de baleias e golfinhos.

Além de exuberante beleza e expressiva biodiversidade, o arquipélago dos Alcatrazes faz parte do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da região, e foi citado nos relatos históricos logo após a colonização do Brasil.

No local, foram encontradas cerâmicas que indicam o uso da ilha pelos povos que viviam na região antes do descobrimento do Brasil. O paredão granítico de 316 metros de altura no meio do oceano impressiona os navegantes por sua beleza e suas águas com boa visibilidade, e a grande quantidade de vida marinha faz um convite ao mergulho contemplativo.

Conservação
Mesmo quando for aberto para visitação, o arquipélago não deixará de ser preservado, pois o plano de manejo de Alcatrazes cria regras de funcionamento para garantir que as atividades ocorram com o mínimo de impacto aos ambientes naturais.

A pesca e qualquer tipo de degradação ambiental são proibidas na área do refúgio. Já as atividades turísticas, como mergulho e passeios, serão permitidas apenas de dentro das embarcações em áreas definidas pelo ICMBio. As empresas interessadas em fornecer os serviços precisarão atender aos critérios e fazer um cadastro que será analisado pelo instituto.

“Estamos trabalhando para que a região comece a receber visitação já nesta temporada de verão, com a abertura de 10 pontos de mergulho”, adiantou o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski. 




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