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Saúde
Domingo, 17 de março de 2019, 10h52
Risco iminente

Estado terá resposta na segunda sobre UTI para criança que ingeriu soda caustica


Médico adverte da lesão causada ao sistema digestivo e o risco de uma cicatrização sem a devida intervenção e tratamento, e com isso cole os dois lados do esôfago da criança. 


 

Imagem ilustrativa

Alberto Romeu
Da Redação


Somente amanhã, (18), segunda-feira, quando abrir o sistema da Central de Regulação é que poderá se definir sobre uma possível vaga para a criança Laryssa da Silva, de um ano e um mês, que está internada no Hospital Regional de Água Boa, 741 km de Cuiabá. Ela ingeriu soda caustica na quinta-feira (dia 14/3) e desde então está sem se alimentar, sendo mantida por hidratação na veia. A informação foi passada por uma pessoa ligada a familiares da paciente.

O PlantãoNews por telefone falou com o médico Humberto Jesus Romio que reafirmou a necessidade de transferência da criança para uma UTI pediátrica. “Mais que a estrutura física (equipamentos) ela [Larissa] precisa contar com uma equipe multidisciplinar para tratamento, como gastroenterologista, nutricionista e um pediatra”. O médico disse que ela está sendo alimentada pela veia com soro, já que o efeito da soda caustica impede a ingestão de líquidos ou alimentos sólidos.

O pai de Larissa reafirmou sua preocupação com a vida da criança e disse que se sente impotente já que a vida dela está nas mãos do Estado. “Estão dizendo que não tem vaga em UTI para uma criança...” frisou em tom de indignação.

Mesmo com liminar, não se resolve

A Defensoria Pública de Mato Grosso conseguiu liminar da Justiça, que obriga o Estado a fazer a transferência de Larissa, porém, a informação é de que não há vaga no sistema, o que vem sendo tentado desde quinta-feira. O defensor que atua no plantão da Defensoria Pública, em Ribeirão Cascalheira, Rodrigo Machado Fonseca, afirma que a situação é desesperadora e o médico já havia relatado da gravidade em decorrência dos ferimentos provocados pela soda em seu sistema digestivo e o risco de que uma cicatrização ocorra, sem a devida intervenção e tratamento, e com isso cole os dois lados do esôfago da criança.

O defensor apelou até mesmo para orçamentos de um hospital privado no estado de Goiás, para poder entrar com o pedido de bloqueio de bens do Estado, e com isso a transferência para lá. "Essa medida é uma alternativa, porém, temo que seja muito demorada”. Rodrigo já previa que conseguir o bloqueio no final de semana, seria difícil.

O caso de Laryssa chegou à Defensoria na sexta-feira (15/3), depois que os pais perceberam que apenas administrativamente, não conseguiriam socorro adequado para a filha. O defensor público Wendel Renato Cruz entrou com uma ação de obrigação de fazer, com pedido de liminar, em Água Boa, e a decisão do juiz Jean Louis Maia Dias, determinando a transferência, saiu às 20h de sexta-feira (15/3). De imediato buscaram a equipe de regulação de Cuiabá e Várzea Grande, mas não havia vaga e que só poderão determinar a ida de Laryssa, se houver liberação. Do contrário, dizem que não há o que fazer”, conta o defensor.
O hospital Regional de Água Boa não conta com UTI.


 




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