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Saúde
Terça, 30 de novembro de 2021, 22h22

Para alguns pesquisadores, Ômicron pode ser a variante mais contagiosa até agora


Desde que a variante Ômicron (B.1.1.529) surgiu em Botswana, país do sul-africano, as autoridades do mundo estão em alerta para uma possível onda de reinfecção da covid-19. Até agora a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos de saúde pública não têm dados suficientes para concluir a gravidade da nova cepa. Contudo, membros da comunidade científica apontam para o vírus como altamente infeccioso.

Ômicron: quais países já reportaram casos da variante até agora?
Segundo médica, Ômicron causa sintomas leves
Jeremy Luban, virologista da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, disse que uma equipe de cientistas observou um aumento de casos na África do Sul, mas pensou se tratar da variante Delta — originalmente identificada na Índia. E quando eles sequenciaram o genoma do vírus, perceberam que não era o caso. "De repente, surgiu essa criatura com todas essas mutações — e, quero dizer, muitas mutações”, explicou.

A Ômicron tem cerca de 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína spike, que ajuda o vírus a penetrar nas células humanas. Por esse e motivo, a OMS já classificou a cepa como variante de preocupação (VOC) — para ter ideia de comparação, a variante Delta, considerada a mais expressiva até agora tem 20 mutações.

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Até o momento, a nova cepa do coronavírus já foi detectada em todos os continentes — o que levou as nações a adotarem medidas de restrições, bloqueando parcialmente ou completamente as fronteiras para voos vindos de diversos países da África do Sul.

Por que a Ômicron pode ser a variante mais infecciosa
A cepa da covid-19 já se espalhou por pelo menos sete das nove províncias da África do Sul, tornando-se a dominante e superando a Delta, segundo o virologista Pei-Yong Shi, do Departamento Médico da Universidade do Texas em Galveston. Ele explica que com base nos dados epidemiológicos, parece que a nova variante tem vantagens na transmissão em relação às variantes anteriores.

A OMS também afirmou nesta segunda-feira (29) que a variante Ômicron do SARS-CoV-2 deve se espalhar globalmente e representa um risco muito alto de surtos de infecção que podem ter consequências graves em locais do mundo.

Contudo, até agora, as únicas informações que os cientistas têm para estimar a transmissibilidade da B.1.1.529 vêm em grande parte do agrupamento de casos em uma universidade em Pretória, capital sul-africana. O rápido aumento de casos pode ser devido, em parte, a um evento de super contágio. Luban acredita que isso acontece por conta de algumas mutações específicas no vírus.

Comportamento da Ômicron
Algumas das 50 mutações que a variante detectada na África do Sul carrega, já foram notificadas em outras cepas da covid-19. Todavia, elas nunca foram detectadas todas juntas em uma única. Paul Bieniasz, virologista da Universidade Rockefeller em Nova York, explicou que muitas dessas características provavelmente ajudam o vírus a escapar do sistema imunológico.

O especialista já fez alguns testes de laboratório sobre as principais mutações que aparecem na Ômicron e descobriu que elas podem ajudar a evitar que os anticorpos inibam a presença do vírus.

Ainda que seja cedo para confirmar, Bieniasz acredita que a B.1.1.529 possa escapar das vacinas de mRNA (com parte do vírus ativa), como as da Pfizer e da Moderna. Mas, à medida que há infecção natural e doses de reforço, ele acredita que isso pode mudar. Shi também está confiante que, após a terceira dose da vacina, o perfil de anticorpos dentro do nosso organismo se torne mais capaz de bloquear as variantes. 




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