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Pesquisa da CNI mostra que aceleração do ritmo de elevação dos custos é resultado dos aumentos de despesas com capital de giro, energia e pessoal
O Indicador de Custos Industriais [2] subiu 2,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao período imediatamente anterior, quando alcançou 1,8%, na série livre de influências sazonais. Embora a aceleração do ritmo de aumento tenha sido impulsionada pela alta nos custos com capital de giro, energia e pessoal, todos os demais componentes do indicador subiram no trimestre, informa o estudo divulgado nesta quinta-feira, 5 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo de produção, custo de capital de giro e custo tributário. Na comparação com o último trimestre de 2013, o custo com capital de giro subiu 10,9%. O custo tributário cresceu 2,3%.
O custo de produção - formado pelos custos com pessoal, o com bens intermediários e com energia - teve alta de 2,2% entre o quarto trimestre de 2013 e o primeiro de 2014, na série com ajuste sazonal. Na mesma base de comparação, o custo com energia subiu 5,6%. "O custo com energia retomou a trajetória de crescimento do último trimestre de 2013. Com isso, reverte-se parte da redução proporcionada pelas revisões das tarifas de energia elétrica no início de 2013", destaca o estudo.
Conforme a CNI, o custo com pessoal aumentou 2,8%, a maior expansão registrada desde o primeiro trimestre de 2012. O custo com bens intemediários nacionais e estrangeiros aumentou 1,9%, um ritmo menor do que o registrado nos trimestres anteriores. "Esse foi o componente com menor crescimento entre os custos de produção", avalia a CNI.
LUCRO E COMPETITIVIDADE - Conforme o estudo, os preços dos produtos manufaturados importados cresceram 3,4% no primeiro trimestre frente aos últimos meses de 2013, graças à desvalorização cambial. O aumento superior ao registrado nos custos industriais indica a melhora da competitividade brasileira.
Além disso, os preços dos produtos industrializados nos Estados Unidos, em reais, subiram 4,8%, também acima dos custos industriais brasileiros, o que indica a recuperação da competitividade internacional da indústria nacional.
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