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Agro
Sexta, 19 de setembro de 2014, 15h08

Projeto Campo Futuro Aquicultura levanta dados sobre piscicultura em Mato Grosso


 

Pesquisadores da Embrapa Pesca (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estiveram em Mato Grosso nesta semana para colher dados para o projeto Campo Futuro Aquicultura, que tem o objetivo de levantar os custos de produção da piscicultura e aquicultura nos principais polos produtores do país. No Estado, o projeto conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

 

Os técnicos passaram por diversas propriedades nos municípios que investem na atividade como Alta Floresta, Sorriso e Cuiabá. Além disso, fizeram reuniões com produtores, denominadas de painéis. A pesquisadora da Embrapa Andrea Muñoz explica que este é o primeiro ano que a CNA realiza o Campo Futuro Aquicultura. “Neste ano a CNA procurou a Embrapa para formatarmos uma parceria para incluir a aquicultura. O projeto tem como objetivo levantar os custos de produção em diversos polos aquícolas do país para construir uma base de dados nacional. Este levantamento é feito através dos painéis que são reuniões técnicas com piscicultores onde são feitas a caracterização da propriedade típica da região e levantados dados técnicos e econômicos”, pontua Andrea.

 

De acordo com o Presidente Comissão Aquicultura da CNA, Eduardo Ono, “a partir dos dados será criada uma planilha que o produtor poderá utilizar para gestão da sua propriedade e que servirá para a CNA para elaboração de políticas públicas, no apontamento dos principais gargalos da cultura, e formatação de cursos do Senar voltados para o setor e para a promoção de novas tecnologias pela Embrapa”.

 

O analista de Pecuária da Famato, Rafael Linhares, destaca que a entidade está empenhada em fortalecer a piscicultura no Estado. “A CNA nos procurou solicitando apoio neste projeto e prontamente atendemos. A Famato entende que o setor ainda tem muito a crescer em Mato Grosso e, junto com outras entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), estamos empenhados no fortalecimento da cultura”, enfatiza Linhares.

 

Uma das propriedades visitas em Mato Grosso foi a fazenda Três Irmãos, onde o produtor Dorismar Rodrigues dos Santos e seu filho Dorismar Junior investem na piscicultura desde 2010. Com uma área de 20 hectares de lâmina d’água divididos em 11 tanques, a produção de Pintado da Amazônia atinge, em média, 120 toneladas por ano. Entre os entraves do setor, Santos pontua a falta de organização e a burocracia para liberação das licenças ambientais. “Quando os piscicultores mato-grossenses entenderem que precisamos nos unir e nos organizar e o Governo tiver mais agilidade na liberação das licenças ambientais para o setor, aí sim seremos o maior produtor do país”, ressalta o produtor.

 

Neste primeiro ano, além de Mato Grosso, o Campo Futuro Aquicultura já passou por Tocantins. Os próximos Estados visitados serão Bahia e Pernambuco. 




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