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Agro
Sexta, 03 de outubro de 2014, 08h44

Produtor economiza até 15% comprando em grupo


Prática de compra coletiva de insumos pode ajudar o agricultor a cortar custos

A compra conjunta de insumos pelo agricultor é uma medida simples, mas eficiente, para a redução de custos na propriedade rural. Neste ciclo agrícola, que começa com tendência de baixa rentabilidade, a opção deve ser considerada pelos produtores como uma alternativa concreta.

Dados do projeto Referência, benchmarking feito há sete anos pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), mostram que a economia pode chegar a 10% na compra de fertilizantes e a 15% na aquisição de sementes. A prática é mais frequente entre as propriedades participantes do Referência localizadas na região Sul: 62,5% do total. Em seguida, estão os produtores da região Leste: 14,3% dos que integram o projeto Referência adotaram a compra coletiva de insumos.

De acordo com o gerente de Planejamento da Aprosoja-MT, Cid Sanches, o formato encontrado pelo produtor para viabilizar a compra em conjunto varia muito de caso para caso. “Muitos optam pelas cooperativas, mas há muitos casos de união mais informal, em que um produtor faz a compra em seu nome para um grupo de vizinhos. A fórmula não importa muito: o que vale é a iniciativa de se reunirem para economizar”, observa Cid.

Na compra de adubos pelos agricultores que participam do Referência, a economia variou de 9,7% a 11,6%, dependendo do tipo de fertilizante. Os percentuais foram bem mais generosos em relação à aquisição de sementes de soja. Com a compra em conjunto, foi possível economizar de 11,7% a 36,2%. “São percentuais muito positivos, que poderão ajudar e muito o produtor a enxugar sua planilha de custos. Esse exercício se torna essencial daqui pra frente, em que a tendência é de redução cada vez maior da rentabilidade do produtor”, orienta o gerente da Aprosoja-MT.

Referência
Um dos principais benefícios do projeto Referência é a possibilidade que o produtor identificar seu desempenho num contexto geral referente à produção agrícola em Mato Grosso. Neste último ciclo, os produtores da região Norte tiveram um resultado financeiro melhor na produção de soja. Lá, o produtor gastou em média R$ 1.350,00 por hectare. Já na região Oeste, os sojicultores tiveram o menor retorno, com gastos de R$ 1.820 por hectare. A redução do lucro é reflexo do aumento de aplicações de defensivos.

As informações de rentabilidade foram obtidas com base nos relatórios de 168 propriedades rurais, de 36 municípios, atendidas pelo Projeto Referência. Todas elas disponibilizaram os dados no software de gestão. A área total avaliada é de 207 mil hectares, utilizados na produção de soja, milho, milho pipoca, feijão, girassol, algodão, pecuária de corte, milho branco, arroz, crotalária e milheto.

A possibilidade da comparação de números de cada propriedade permite que os produtores possam aprender com os erros e acertos de quem também participa do programa. Clique aqui, e confira a apresentação completa do trabalho, coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento da Gestão Empresarial no Agronegócio (Igeagro), que compilou as informações.  

Região

Produtores adeptos das compras coletivas

Propriedades

Área plantada

Norte

6,7%

82

89.495

Sul

62,5%

30

28.452

Leste

14,3%

34

14.236

Oeste

7,1%

20

74.764

 




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