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Agro
Quarta, 08 de outubro de 2014, 20h28

Simpósio discute intensificação da produção animal em pastagens


O aumento da produtividade e da eficiência da pecuária em pastagem será discutido por especialistas durante o I Simpósio de Pecuária Integrada que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e a Universidade Federal de Mato Grosso promovem nos dias 9, 10 e 11 de outubro em Sinop (MT).

Com palestras sobre recuperação de pastagens, sistemas silvipastoris, intensificação da produção pecuária, pecuária de baixa emissão de carbono e síndrome da morte do braquiarão, o evento irá apresentar as principais tecnologias disponíveis para o desenvolvimento da pecuária a pasto.

"Queremos que este Simpósio seja um elo entre o setor produtivo, a pesquisa e a extensão. Que ele seja um espaço para discussão das dificuldades e desafios enfrentados pelo produtor e para apresentação das tecnologias disponíveis para serem levadas ao campo", afirma o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e um dos coordenadores do evento Bruno Pedreira.

De acordo com especialistas a pecuária brasileira está abaixo de seu potencial produtivo. Em Mato Grosso, por exemplo, são 28 milhões de cabeças de bovinos em 26 milhões de hectares de pastagens, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea). A taxa de lotação é pouco superior a uma cabeça por hectare, enquanto seria possível dobrar ou triplicar este número com a adoção de boas práticas na condução da planta forrageira e no planejamento do sistema produtivo.

Síndrome da morte da braquiária

O I Simpósio de Pecuária Integrada também marcará a apresentação do zoneamento edáfico de risco de ocorrência da síndrome da morte da braquiária em Mato Grosso. Trata-se de um mapa indicando as áreas com maior risco de ocorrência do problema, que acomete, sobretudo, as pastagens com a Brachiaria brizantha cv. Marandu (braquiarão ou brizantão).

A síndrome é uma das principais causadoras da degradação de pastagens na região Norte do país e em algumas áreas do Centro-Oeste mais próximas da Amazônia, como o norte de Mato Grosso. Estes locais possuem um regime intenso de chuvas, passando dos 2.000 mm anuais, e solos mal drenados ou de baixa permeabilidade. Desta forma, ocorre o alagamento ou encharcamento do solo, reduzindo a oxigenação das raízes do brizantão. Como esta planta tem baixa adaptação a estas condições, fica mais suscetível ao ataque de fungos causadores de doenças presentes no solo. A ação destes microrganismos faz com que as folhas fiquem amareladas e murchem, o que resulta na mortalidade em touceiras e em grandes reboleiras.

"Identificar as áreas com risco de ocorrência é a primeira informação que o pecuarista precisa para definir qual forrageira usar em sua propriedade. A partir daí entram as informações sobre qual cultivar é mais indicada para a substituição e quais técnicas usar para fazer a reforma da pastagem", afirma o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente e responsável pela elaboração do zoneamento, Celso Manzatto.

Para dar mais subsídios ao pecuarista, o simpósio terá também a apresentação de resultados de pesquisas realizadas em Mato Grosso mostrando o desempenho de diferentes cultivares de forrageira em áreas onde ocorreu a morte do capim Marandu.

Inscrições

Ainda é possível se inscrever no I Simpósio de Pecuária Integrada. Para isso é necessário acessar o site www.pecuariaintegrada.com.br. A inscrição custa R$ 60 para estudantes e R$ 100 para profissionais.

Os participantes receberão certificado e os anais com as palestras apresentadas nos três dias de evento.

 

Serviço:

I Simpósio de Pecuária Integrada
9 a 11 de outubro - 8h às 18h (até às 12h no sábado)
Centro de Eventos Dante de Oliveira - Av. Alexandre Ferronato 1875 - Sinop (MT) 




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