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Agro
Sexta, 28 de novembro de 2014, 17h51

Blairo Maggi diz que Embrapa foi importante, mas ficou no passado'


O papel da Embrapa foi questionado pelo senador Blairo Maggi, durante reunião da Comissão de Agricultura (CRA). Para o parlamentar, a empresa necessita, com urgência, de investimentos do Governo a fim de conseguir realizar pesquisas de ponta novamente.

“A Embrapa foi a empresa mais importante de todos os tempos na agricultura brasileira. Foi ela que deu o ponta pé inicial e fez as primeiras pesquisas, encaminhou técnicos para o Exterior, e depois que eles voltaram, fizeram uma revolução no Centro-Oeste brasileiro. Mas, isso ficou no passado. A tecnologia utilizada hoje no Brasil é toda vinda de fora”, advertiu.

O alerta foi feito durante discussão do Projeto de Lei nº 201/2014, de autoria do senador Ruben Figueiró, determinando que recursos oriundos do trabalho de pesquisas, venda de produtos, matrizes e animais sejam utilizados diretamente nas unidades de origem da Embrapa.

O senador alerta para o fato de que o Governo, além de levar esses recursos para o seu conjunto de contas, utiliza-os para pagamentos de salários.

“A Embrapa, hoje, não se sustenta. Ela não consegue sobreviver com os recursos que consegue no mercado. Se o Governo, a sociedade, não entenderem o papel que a Embrapa tem no desenvolvimento da agricultura brasileira, não conseguiremos avançar”, alertou Maggi.

VANGUARDA

Blairo participou recentemente, da Convenção do Agronegócio 2014, organizada pela Bayer, na Alemanha, e se diz ‘impressionado’ com os campos de pesquisa.

“Pude ver a quantidade de gente, recurso, infraestrutura envolvida simplesmente para se trabalhar no controle de plantas daninhas e de pragas. Estamos muito atrasados aqui no Brasil. Temos um caminho enorme e a sociedade brasileira precisa entender o que temos que fazer”.

Maggi cita ainda o fato de o País, ao utilizar tecnologia de fora, além de pagar royalties, correr o risco de, por algum motivo futuro, deixar de ser suprido com a transferência tecnológica.

“Sempre há o risco de que uma empresa dessas, quem sabe daqui a 50 anos, decida que o Brasil virou um risco, a cultura norte-americana, por exemplo, ou qualquer outra nação, e não queira mais transferir tecnologia para nós. Já vivemos isso no passado, com máquinas agrícolas. E no momento em que conseguimos abrir o mercado, passamos a ter tratores de tecnologia de ponta. Tratores que praticamente andam sozinhos. O que demorávamos dois meses para plantar em Mato Grosso, hoje fazemos em uma semana. Se conseguimos alcançar duas safras por ano, tudo isso é fruto da tecnologia que, infelizmente, não é nossa”, comparou. 




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