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Agro
Quarta, 13 de maio de 2015, 18h43

Fundação Rio Verde avalia riscos de antracnose na cultura da soja


Pesquisa faz parte de um projeto realizado em todo estado para avaliar risco fitossanitário e padrões de tolerância a pragas não-quarentenárias

A Fundação Rio Verde começou a avaliar na Safra 2014/2015 a influência de antracnose na produção da soja. A pesquisa integra um projeto desenvolvido em Mato Grosso, em parceria com instituições como UFMT, IMA, IFMT e MAPA e que tem por objetivo avaliar o risco fitossanitário e padrões de tolerância a pragas não-quarentenárias regulamentadas nas culturas da soja, algodão, girassol e crotalária em todo o estado.

O grupo começou a se reunir ano passado e pretende obter resultados que sejam representativos para Mato Grosso, como informa a engenheira agrônoma e pesquisadora da Fundação Rio Verde, Luana Belufi.

“Pretendemos gerar conhecimento sobre o real risco fitossanitário e definir padrões de tolerância a pragas não-quarentenárias que podem ser transmitidas por sementes”, declarou Luana.

A Superintendência Federal de Agricultura (SFA) de Mato Grosso também acompanha o andamento do projeto. Para fazer a regulamentação das pragas que são de risco e saber até que nível elas podem ser toleradas nas sementes comercializadas, o órgão precisa de resultados respaldados pela pesquisa que irão responder a esses questionamentos.

“Os primeiros resultados do projeto devem ser apresentados em agosto. Ao final da pesquisa, com a divulgação dos dados, os órgãos competentes terão um parâmetro para fazer a regulamentação dessas pragas nas sementes”, acrescentou a pesquisadora.

Antracnose

A antracnose é uma doença causada pelo fungo Colletotrichum Truncatum. Os sintomas da doença podem ser observados desde as fases iniciais de desenvolvimento da planta, ocasionando lesões nos cotilédones, nas hastes e ramos, os quais ficam tomados por pontuações escuras.

“O patógeno pode estar presente nas folhas e hastes da planta desde o estádio R5.1, sem apresentar aparecimento de sintomas da doença até o final do ciclo quando observa-se lesões nas vagens. As sementes são a principal forma de propagação dessa doença para as plantas cultivadas, devido sua ampla utilização é considerada também um importante meio de disseminação de fitopatógenos. Esse patógeno associado às sementes pode ser responsável pela queda do poder germinativo e do vigor das mesmas”, explicou Luana.

Em Mato Grosso, a ocorrência e intensidade da antracnose variam de acordo com as condições climáticas de cada região.

“Pode ser considerada uma doença secundaria. Ainda não se tem informações muito precisas sobre o problema, por isso a necessidade da pesquisa”, observou a engenheira agrônoma.

De acordo com a pesquisadora, a presença do patógeno no solo ou nas sementes, a alta precipitação pluviométrica e temperaturas altas durante o estabelecimento da cultura são condições ideais para o desenvolvimento da doença.

“Como esse é um patógeno que pode estar presente no solo ou ser transportado pelas sementes é de extrema importância a realização do tratamento de sementes visando o manejo eficiente da doença”, frisou Luana.
 




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