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Agro
Sexta, 19 de junho de 2015, 15h22

Dia de campo sobre criação de galinha reúne 600 agricultores na Paraíba


Cerca de 600 agricultores beneficiários do Plano Brasil Sem Miséria em 16 municípios do território da Borborema, na Paraíba, participaram na última quarta-feira (17) de dia de campo sobre criação de galinha caipira, no município de São Sebastião de Lagoa de Roça, na Paraíba. O objetivo do evento foi apresentar as experiências bem sucedidas na geração de renda para a agricultura familiar no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria.

Uma dessas experiências é a da agricultora Maria José Pereira, que tem uma propriedade de um hectare no sítio Canta Galo, no mesmo município. Ela recebeu 50 pintos e um mini aviário através do projeto o Inclusão produtiva, segurança alimentar, emprego e renda para agricultores familiares do Território da Borborema, liderado pela Embrapa Algodão. Com o apoio técnico de Emater/PB, acessou os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), construiu mais dois aviários e agora tem capacidade para um plantel de 900 aves, que são comercializadas em média com 110 dias. A agricultora também entrou para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e vende as aves para a Conab a R$ 9,50 o quilo. Para os restaurantes, a ave é vendida por R$ 20.

"O lucro não é melhor por conta do abate que tem que ser feito em Monteiro (município vizinho), mas agora com o abatedouro construído pela Copaf (Cooperativa Paraibana de Avicultura Alternativa), nós vamos ter um rendimento maior", disse a agricultora.

Outra conquista foi reunir a família em torno da atividade. "Eu nasci na agricultura, mas passei 20 anos trabalhando como doméstica. Voltei para morar no sítio e não tenho mais a intenção de sair daqui", contou. O marido de Dona Maria José também trabalhava fora como garçom e há dois anos vem ajudando a agricultora na criação das aves.

O abatedouro foi construído com recursos do projeto Cooperar, do governo do Estado da Paraíba. A previsão é que dentro de um mês a infraestrutura esteja pronta para beneficiar e comercializar a produção de São Sebastião de Lagoa de Roça, com capacidade para abater cinco mil aves por semana e com venda garantida para os programas de incentivo governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

O analista da Embrapa Algodão, Waltemilton Cartaxo, que lidera o projeto de criação de galinha caipira no território da Borborema, destacou que a ideia do projeto era possibilitar que pequenos agricultores como a Dona Maria José ganhassem experiência para ter autonomia e investir no próprio negócio. "Esse dia de campo consolida a importância dessa atividade que tem um manejo simples e que vocês têm todas as condições de fazer, principalmente as donas de casa, que já têm um pouco de experiência na criação de galinhas e têm a chance de ampliar e profissionalizar essa criação para ter mais renda e independência financeira", afirmou.

A agricultora Lucimar Benedito dos Santos, do Sítio Riacho dos Negros, município de Algodão de Jandaíra, PB ampliou a capacidade do seu aviário para 210 galinhas e também está investindo em suínos. "Em menos de três meses as galinhas estão prontas para vender e saem a R$ 23,00", disse a agricultora. Para ela, além da renda, a vantagem da atividade é que dá para conciliar com as tarefas domésticas. "Pela manhã, depois de arrumar meus filhos para a escolha, eu vou lá troco a água deles, lavo os bebedouros, coloco a ração e pronto, só precisa colocar ração no final do dia."

Além de aves para o abate, outras agricultoras optaram pela produção de ovos caipiras, muito apreciados na região.

O dia de campo foi realizado pela Copaf, em parceria com a Embrapa Algodão, Emater, governo da Paraíba, prefeitura de São Sebastião de Lagoa Roça, Plano Brasil Sem Miséria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Brasil Sem Miséria no Território da Borborema

Lançado em 2011, o Plano Brasil Sem Miséria é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e conta com a parceria de outros ministérios, estados e municípios, bancos públicos e o apoio do setor privado e terceiro setor. No território da Borborema, 2.100 famílias são beneficiárias do Plano no eixo inclusão produtiva rural.

"Nós mobilizamos essa famílias, fizemos um diagnóstico, elaboramos projetos para que elas implementassem o fomento de R$ 2.400 que receberam do governo federal e assim iniciar uma atividade produtiva. Entre as atividades que estão sendo trabalhadas dentro dessa planos estão avicultura, suinocultura, ovinocultura, caprinocultura, fruticultura e cultivo de hortaliças", relatou o técnico da Emater/PB, Carlos José de Araújo Filho, coordenador do contrato do Brasil Sem Miséria no Território da Borborema.

Segundo ele, a avicultura foi a atividade que mais se destacou por já ter uma cadeia produtiva bem estrutura, ser de fácil manejo e baixo custo. "A avicultura é uma atividade de grande potencial para essas pessoas porque é uma atividade com custo baixo, usando pequenas áreas, como é o perfil dos produtores aqui da Borborema, e nós estamos trabalhando em cima desse potencial que eles têm", afirmou. 




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