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Agro
Segunda, 30 de novembro de 2015, 14h49

Servidores participam de curso sobre tipologia florestal


Capacitação tem objetivo de aperfeiçoar o trabalho de implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) pela Sema

Com objetivo de capacitar os servidores que executam o trabalho de regularização e monitoramento de áreas para o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema) está realizando um curso sobre identificação de tipologia florestal sobre a vegetação brasileira. As aulas que tiveram início no dia 25 e seguem até segunda-feira (30), com a proposta de orientar sobre as características vegetais dos biomas floresta e cerrado.

De acordo com o coordenador de Conservação e Restauração de Ecossistemas da Sema, Elton Antônio Silveira, esse é o terceiro curso realizado pela Sema desde que o Decreto nº 2.365/2010 foi publicado, buscando aperfeiçoar e detalhar as informações para o técnico analista. “A identificação de forma errada pode causar muitos prejuízos ambientais. Se o mapa identificou como cerrado e é floresta, a área pode perder 45% da floresta, já que essa falha pode levar ao desmatamento”.

O decreto tem o objetivo de melhorar o trabalho técnico da Sema, ao estabelecer procedimentos de estudo e vistoria para classificar a tipologia vegetal. Caso o proprietário tenha uma área de cerrado, mas a base de dados do sistema Radambrasil qualificar como floresta, a legislação determina que se contrate um técnico particular para realizar um estudo da área apontando a tipologia do local. Após isso, o proprietário deve solicitar que a Sema envie um analista até a área para fazer uma vistoria confirmando ou não a informação.

Além de aprender a teoria, durante a capacitação os servidores também participaram de aulas prática onde eles visitaram dois locais, um com tipologia de cerrado e outro de floresta. Na quinta-feira (26), a equipe esteve no Parque Mãe Bonifácia (cerrado), onde a turma utilizou o método de identificação fisionômico ecológico, que descreve a vegetação, quanto ao tamanho da árvore e sua distribuição. Os servidores também checaram se a mata é adensada ou aberta e ainda analisaram o solo e o ambiente. Outro método usado é o fitossociologia, que é um estudo mais florístico. Com ele os alunos mediram os indivíduos e identificaram espécie por espécie. Já na sexta-feira (27), o mesmo procedimento ocorreu na área verde do condomínio Florais Itália, que é considerado como um exemplo de tipologia de floresta.

Jaqueline Messias, analista de meio ambiente da Sema, entende a necessidade do curso e revela que alguns assuntos ela já sabia, mas acredita que é sempre bom reciclar. “Eu prezo pela segurança do meu trabalho. O curso me proporciona isso, terei mais propriedade durante a vistoria porque aprendi muitos detalhes que já nem lembrava mais”. O analista de meio ambiente, Fabiano Artmann, já havia participado do curso antes, porém avalia que é sempre bom reforçar os conhecimentos. “Eu trabalho com recuperação de área degrada e conhecer com mais profundidade a vegetação é essencial.”

O curso recomeça nesta segunda-feira (30), com uma análise de dados e apresentação em grupo. Elton explica que essa será a última aula, com o debate dos temas: cálculo dos parâmetros fitossociológicos (densidade, frequência, área basal, cobertura); cálculo dos parâmetros fisonômicos/ecológicos; carta imagem interpretada com legenda e no final os alunos apresentarão os dados dos cálculos.

Legislação

Para executar qualquer atividade em uma área da Amazônia Legal é necessário cumprir a Lei nº. 12.651/2012, que estabelece diretrizes para um imóvel rural manter a cobertura de vegetação nativa de sua área. O imóvel localizado em campos gerais deve manter preservados 20% da vegetação, já aqueles que estão no cerrado precisam conservar 35%, e para propriedades/empreendimentos em áreas de floresta devem ser preservados 80%.

Atualmente essa tipologia vegetal é identificada pelo mapa de vegetação do IBGE por meio do Projeto Radambrasil, radar que armazenou dados sobre os tipos de solos, vegetação e recursos naturais. Os dados foram cartografados em uma escala de 1 para 1 milhão, o que dificultou a identificação da tipologia de determinados locais, pois elas foram diminuídas no mapa, causando dúvidas na hora de distinguir entre floresta e cerrado. 




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