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Agro
Terça, 12 de janeiro de 2016, 16h49

Assistência técnica muda vida de trabalhador rural do DF


“Hoje a gente tem outro padrão de vida e se não fosse o projeto da assistência técnica nós estaríamos do mesmo jeito que era”. O sentimento expresso pelo produtor de leite Flávio Guimarães, 45 anos, não poderia ser diferente. Nascido no campo, ele aprendeu cedo a preparar a terra para o plantio e a realizar todo “trabalho de roça”. E, assim, cresceu, fazendo de tudo um pouco nas propriedades vizinhas.

Mas, enquanto vendia sua mão de obra, a terra dele e da família, de seis hectares, ficava esquecida. “Para ele a propriedade era quase um dormitório”, lembra a extensionista da Emater/DF, Adriana Lelis, 34 anos, que acompanhou a família na mudança de vida.
Em 2013, os agentes de assistência técnica lançaram para o trabalhador rural um desafio: tornar a terra dele produtiva. “Quando chegou esse projeto muita gente não acreditou, mas eu acreditei. Depois que os técnicos começaram a fazer os piquetes, eu cheguei a pensar que não daria certo, mas eu fui acreditando e deu certo”, conta Flávio.

No início, a produção era tímida. “Começamos com dez vacas, que davam cerca de 40 litros de leite por dia. Hoje chego a tirar 140 litros. Era difícil acreditar que poderíamos produzir tanto, em uma chácara tão pequena”, comenta. A meta é que ao fim de cinco anos de projeto, a produção dobre, passando para 300 litros por dia.

Da propriedade de Flávio, a 16 quilômetros do Núcleo Rural Tabatinga, em Planaltina (DF), o leite é transformado em outros produtos, entre eles o queijo, no Laticínio Góes. “Quando começamos, ele não tinha noção do quanto valia o leite e como negociar o produto dele. Aí, com a assistência técnica, mostramos para ele os custos de produção e o lucro”, explica Adriana.

Outra mudança implantada pela família foi em relação à alimentação dos animais. “Levamos a técnica do pastejo rotacionado – chamado por ele de quadradinho. Assim, garantimos, ao longo do tempo, a recuperação do capim e uma melhor nutrição para o animal”, afirma.
Inovação

O leite não foi apenas o divisor de águas para o produtor rural, ele possibilitou a realização de sonhos. “No início da produção, em 2013, fiz um financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para comprar os animais. Dois anos depois, consegui comprar a minha própria ordenhadeira, com o dinheiro da minha produção”, comemora.

E não para por aí. Um dos quatro filhos do casal está fazendo faculdade. Como o curso é pago? Com a renda do leite. “Agora eu estou apertado. Minha filha terminou agora o ensino médio e já falou que vai querer cursar Veterinária – mais uma ajuda para mim”, pondera.
 




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