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Agro
Quarta, 20 de julho de 2016, 18h07

Reunião Técnica debate rumos dos sistemas de produção de arroz irrigado no RS


Na tarde da última sexta-feira (15), pesquisadores, técnicos, produtores e representantes da indústria participaram da Reunião Técnica sobre Sistemas de Produção de Arroz Irrigado, realizada pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pelotas (Aeapel). O evento faz parte do Programa Embrapa Portas Abertas, iniciativa que busca ampliar a interação das cadeias produtivas e públicos estratégicos com o centro de pesquisa.

A abertura do evento foi realizada pelo presidente do Conselho Deliberativo da Aeapel, Moacir Cardoso Elias e pelo chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon. Pillon destacou o Programa Embrapa Portas Abertas, que coloca a Unidade em mais proximidade com as cadeias produtivas, e comemorou a realização do evento, um importante momento de diálogo com todos os elos e lideranças do setor. "Além de apresentarmos os avanços de conhecimento e soluções tecnológicas que já temos disponíveis para a cadeia, este é, principalmente, um momento para ouvir as principais demandas do setor e focos de atuação, que são questões importantes para qualificarmos a nossa ação e a nossa agenda de pesquisa e desenvolvimento", comentou.

Para Frederico Costa, da Federarroz, a Embrapa é referência em tecnologia para a cadeia. "Queremos cada vez mais nos integrar e interagir com a instituição. Acho que há espaço pra a indústria crescer e diferenciar o valor do arroz de qualidade. A indústria da carne conseguiu fazer isso", declarou. A qualidade do grão também esteve presente nas considerações de André Barreto, da Federação das Cooperativas de Arroz do RS. "Estou contente em ver que a Embrapa, quando lança uma cultivar, está preocupada com a qualidade, além da produtividade", ressaltou.

A preocupação com os insumos e os sinais da sociedade em relação ao uso destes percorreu a fala do presidente da Associação Rural de Pelotas. José Luiz Kessler também elogiou a realização do evento e reforçou que o diálogo é o melhor caminho. "A Embrapa tem um papel importante como intermediadora da cadeia, facilitando a comunicação e apontando tendências para o futuro", destacou.

Avanços e demandas

O pesquisador Ariano Magalhães apresentou os recentes avanços tecnológicos ofertados pela Unidade para o sistema de produção de arroz irrigado nas diversas áreas de atuação da pesquisa. Após a apresentação, foi aberto espaço para considerações e debate para identificação dos principais desafios e oportunidades da cadeia. Emergiram questões como qualidade de grão versus produtividade, valorização da qualidade pela indústria, rotação de culturas, tipos especiais de arroz, manejo de solo, insumos, sustentabilidade do setor, entre outros.

O produtor José Carlos Gross, de Camaquã/RS, destacou a questão da sustentabilidade ambiental e econômica. "Nós produtores e industriais temos uma preocupação mais imediatista. Nos ‘atropelem' pra mostrar isso, porque é muito importante e vai vir, se quisermos ou não. A sustentabilidade ambiental é a nossa sustentabilidade econômica", concluiu.

Histórico da pesquisa

O trabalho com a cultura do arroz na Unidade remonta à década de 1940, quando o centro integrou o primeiro programa de melhoramento genético de arroz irrigado no Rio Grande do Sul. Estado que, atualmente, é o maior produtor do país - mais de 65% do arroz colhido. De lá pra cá, os desafios da cadeia produtiva e do sistema de produção mudaram muito. Por isso, o diálogo com os diversos atores sobre suas demandas de pesquisa, desenvolvimento e inovação tem sido visto como fundamental para buscar soluções conjuntas, identificar desafios e oportunidades e garantir que o trabalho da Embrapa esteja alinhado com os principais anseios do setor.

Portas Abertas

Este é o terceiro evento do ano com o objetivo de aproximação e diálogo com as principais cadeias produtivas com atuação da UD. Em junho, foram realizados encontros com as cadeias do leite e do pêssego. O objetivo é realizar rodadas anuais para verificar avanços e novos direcionamentos. 




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